DIA 2 - FASE 1 / MANHÃ

20:02
Uma ratinha pegava um tronco de uma árvore caída e tentava fazer uma canoa com ele. Usava seus próprios dentes para a tarefa, tinha medo de acabar morrendo ou perdendo um dedo se usasse uma faca. O gosto de casca de árvore em sua boca era terrível, pior que tudo o que já provara em sua vida, mas fazia de tudo pela segurança. A pequena roedora se cansou depois de um tempo, sentia vontade de vomitar, qual era a melhor maneira de tirar aquilo da boca? Água! Ela vasculhou o avião em busca de garrafas por cerca de 10 minutos e encontrou.
— Eureca! — gritou. O pequeno mamífero foi até a garrafa e a abriu. Como era bom sentir novamente a água em sua boca.
Uma figura aproximava-se de seu estoque de comida. Sem a ratinha perceber, o ser desconhecido colocou um pouco de veneno em sua principal fonte de energia.
— Vai ser como a história da Branca de Neve! — a criatura disse baixinho antes de sair e voltar ao seu esconderijo entre as árvores.
A rata dos dentes de aço voltou até sua madeira. Talvez aquilo tudo não fosse necessário. Ela poderia dividir sua comida com os outros e pedir um pouco da deles. Será? Ela resolveu comer um pouco do que tinha antes disso, comer a ajudava a pensar. Ela deu uma primeira mordida.
— Ai, que horror, isso está horrível! — falou enquanto cuspia. — Será que o resto também está assim? Ela tentou comer mais e percebeu que aquilo estava horrível, mas dava para sobreviver.
— Pare de comer isso! — um ratinho estranho apareceu. — Está envenenado!
— O QUÊ? — ela gritou.
— Acho que vi alguém tentando te matar.
— Esse assassino poderia ser mais criativo! Mamãe dizia que eu tinha um estômago poderoso. Não consigo ser envenenada facilmente!
— Isso é bom. Mas você deveria tomar mais cuidado nas próximas vezes...
— Tudo bem. aliás, quem é você? — ela tenta se aproximar, mas o rato foge para o meio da floresta antes que a rata pudesse perceber. — Estranho...

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23:19
A ratinha estava sentada em uma pedra, observando a praia. Ela ouvia alguns sons estranhos, mas nem ligava, aqueles deveriam ser os famosos sons da natureza. Ela pensou sobre tudo e que acontecera naquele dia, a queda do avião, os ratinhos mortos, o sumiço da Peppa de pelúcia de Mitobotmuca, Kossomatu e seu chocolate, Gatanjinha morrendo... Ela escutou alguns passos vindo em sua direção, virou-se e encontrou um grupo de ratos juntos, um deles com um isqueiro na mão. Eles se sentaram e botaram alguns gravetos no chão.
— Acho que eles querem fazer uma fogueira. Vou tentar ajudá-los.
Gatilioy foi até o grupo e perguntou se eles queriam ajuda.
— Queremos sim. — um deles respondeu. — Você poderia se jogar na nossa fogueira? — o rato colocou fogo nos gravetos secos.
Gatilioy tentou correr, mas um dos ratos segurou seu rabo e queimou uma de suas pontas.
— Tá pegando fogo, bicho! — um outro rato gritou enquanto empurrava a ratinha na fogueira.
Ela tentou gritar para chamar a atenção de algum shaman anjo, mas ninguém veio. Gatilioy morreu depois de poucos minutos, quando os assassinos já haviam saído de perto.

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3:00
Um ratinho estava com insônia. Era muita informação para processar. Ele resolve contar carneirinhos, mas seu sono ia embora a cada número contado.
— Acho que vou apenas parar com isso e tentar ouvir os sons da natureza. Anfíbios anuros, insetos, corujas, passos estranhos. OPA, ESPERA UM POUCO, TEM COISA ERRADA AÍ! — a ratazana resolveu olhar pela barraca mal-feita o que estava acontecendo. Realmente, um rato estava se aproximando. Será que poderia saudá-lo e convidá-lo para o lanche das três da manhã? Será que o rato gostaria de passar a noite acordado com ele? Valia a pena arriscar.
— Saudações, estranho sujeito! Mim ser... — O outro roedor começou a correr em sua direção. — Ai, socorro!!!! — O ratinho saiu correndo pela praia enquanto gritava frases aleatórias. Ele caiu no meio do caminho, enquanto falava justamente sobre pedras sedimentares. Poderia ser algum tipo de vidente ao "prever" que cairia ao tropeçar em uma pedra? Ele tentou se defender com suas mãos enquanto o assassino chegava mais perto. Não adiantou muito, o serial killer segurava um pedaço de madeira.
— POR FAVOR, NÃO ME MATE!! SOU MUITO JOVEM E BONITO PARA MORRER!! — Bren0 gritou desesperadamente, enquanto era atingido por golpes de madeira e desmaiava para sempre...

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03:33
— Ei, você! Quer fazer algo bem divertido? — um ratinho acordava outro.
— Ahn... Tudo bem.
— Vamos andando, teremos que subir aquela colina.
— Tá bom, mas subir colinas não é meu for... — Um coco atingiu a cabeça do ratinho que estava acordando.
— Bom trabalho atirando o coco! Agora me ajude a levar essa criatura obesa até a fogueira! — o rato que acordou o outro falava para uma terceira ratazana.
Os dois carregaram o ratinho até uma fogueira que ainda não fora acesa e o amarraram em um pedaço de madeira. Eles o colocaram logo acima da fogueira e tentaram fazer fogo com dois gravetos.
— Tem certeza de que isso funciona?
— Claro. Vi num filme, num livro, num guia de sobrevivência que roubei daquele tal de Bye!
Aquilo foi suficiente para fazer o ratinho desmaiado acordar.
— SOCORRO!!! — Ele gritou.
— Eu sabia que tinha alguma coisa suspeita nessa fogueira! — Um shaman anjo apareceu. — Parem de atormentar esse ratinho.
Os dois assassinos correram, deixando a vítima amarrada.
— Me tira daqui ou eu vou fritar! — O roedor grita para o anjo, que apaga o fogo e tira o pequeno mamífero da fogueira.

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08:00
Um novo dia na cidade, não normal como antes, talvez sim, ou não, ah, tanto faz, ah, é você? Já está lendo o texto do dia? Sobreviveu até aqui? Só pode ser sorte, não sei como o Shaman Anjo ajuda às vezes uma criatura dessas, devem estar se salvando, talvez não, sim, tanto faz, só eu sei e você não, isso que é o legal, eu sei mais de você, nem mais, sim eu sei! Não tente duvidar, quer uma prova? Me diga quem eu sou! Vamos lá estou esperando. Até agora nada, hein, vou dar dicas! Todo mundo me conhece e faço parte da vida de cada um de vocês! Ainda não adivinhou? Tá bom, tá bom, eu falo quem eu sou. Eu sou o narrador, sim o narrador, sou aquele que você conhece na aula de português. Lembrou agora, não é mesmo? Você pode estar me perguntando o que faço por aqui, pois digo que eu vou narrar essa história. Não sei como você não desconfiou disso. Sempre fiz parte dela, só agora apareci oficialmente, mas agora vou falar a história de um ratinho misterioso.
Hoje mesmo um ratinho um tanto quanto misterioso foi na padaria do seu Zé, seu Zé tinha apenas um sonho e vendeu para esse rapaz por 30, sim! É esse número, um tanto quanto misterioso esse ratinho aceitar por 30, deve estar louco! Seu Zé é muito malvado para isso!

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10:15
— Atenção! O Ministro tem um anúncio. — Um ratinho gritou. A maioria não o reconheceu por estar descabelado e vestir apenas um pijama. Ele pegou um pedaço de papel e deu para a multidão.

"Vejam só! Não sou somente um Ministro, como também um excelente detetive!
Passei esta noite em claro para poder investigar o ratinho conhecido por muitos de vocês. Aliás, suas atitudes foram de fato, muito estranhas. Afirmava, primeiro, que não sabia em quem votar. Normal, todos estamos indecisos numa situação tão caótica quanto esta! Contudo, com o tempo, todos nossos queridos indecisos votaram a favor da expulsão de Bxcdw, e por que com ela seria diferente? Muito depois, seu voto foi para Saybyeby. Ora, claro que isso não é motivo para acusá-la não é mesmo, meus caros? Porém, mais atitudes foram surgindo, e nosso companheiro mamífero teve a sorte de ser presenteado com uma imunidade! Mas como é gentil, a deu para sua companheira Hatakakashi.

Essas atitudes não provam nada, mas foram o suficiente para me fazer investigar este ratinho! Com minhas habilidades detetivicas, descobri que este mamífero conhecido como Aayra pertence ao grupo dos malvados!

Estaria ele protegendo Bx ao não votar nele? Estaria ele protegendo Hata?
Com o tempo, descobrirei mais!

Cuidado, assassinos."
— Esse Ministro é uma farsa! — exclamou Aayra — Eu não sou do grupo dos malvados!
— Você é sim! — gritou Mitobotmuca — Você jogou um rojão no avião.
— Bebês não mentem. — falou Claumiau. — Eu acho.
— É verdade isso, Aayra? — Hatakakashi estava com lágrimas nos olhos. — Você é do grupo deles?
— Não é nada disso! — Aayra estava começando a se descontrolar e corre para dentro da floresta.
Uma guerra civil discussão se iniciou entre alguns ratos. Kizzapizza atirava pizzas congeladas em Klawnmkts. Hatakakashi e Claumiau defendiam os ouvidos Mitobotmuca das palavras de baixo calão de Yupyoratito. Henrickmouse observava tudo sem entender o que estava acontecendo. Kossomatu dividia seu chocolate com alguns ratos próximos. Brandonnst não sabia o que sentir, Aayra dera sua imunidade para Hatakakashi, mas continuava sendo do grupo dos malvados. Larryhowland tentava desviar das frutas que eram atiradas por todos os lados. Mrnerdo se protegeu atrás de uma pedra. Jonasmago bateu a mão na testa ao ver que eles não conseguiam resolver tudo com uma simples conversa. Sampanerd e Magicaana deram gritos altíssimos.
— Vocês podem calar a boca? Sempre quis ver o filme do Capitão América e do Homem de Ferro, mas isso é uma verdadeira Guerra Civil. — Pulquenty comia biscoito e estava sentado em um pedaço de madeira.
— Rexpulguento morreu! — Magicaana avisou. — Tiiiitania está tentando ajudá-lo, mas Theirwaste quer convencê-la de que ele já morreu faz tempo.
Yarlenqnn apareceu carregando Rexpulguento. A briga parou por um minuto.
— O que aconteceu com ele? Ratos vampiros? Canibais? — Saybyeby estava com medo.
— Não tenha medo, By. Eu irei te proteger e acabar com qualquer coisa viva que tocar em você! — Bya apareceu e posicionou-se na frente da irmã.
Flindiques pisou "acidentalmente" no rabo de Saybyeby, que gritou de dor.
— VOCÊ DE NOVO? EU VOU ACABAR COM VOCÊ, SEU DESGRAÇADO! — Saybyabye correu atrás do outro rato.
Kizzapizza foi até By.
— Você está bem? — ela pergunta para a irmã de Bya.
— Sim. Aliás, eu ouvi dizer que suas pizzas são ótimas. Você me daria uma em troca de imunidade pelo dia de hoje?
— COM CERTEZA, FAÇO TUDO POR IMUNIDADE!!!

Kizzapizza está imune pelo dia de hoje.
Rexpulguento foi expulso por ser mutado.