Vou até debaixo da arvore que Gavin esta pendurado em um dos galhos, cruzo meus braços e fecho meus olhos.
— Deu para ver que não sabe controlar esse gelo....

— Saber eu sei. Agora, eu não controlo minhas vontades — revirei os olhos.

[Uma coisa, pra quem não sabe: O Koort faz uma espécie de patronos. Quando ele os liberta, ficam vagando por aí, no momento tem um leão
E ações desses "patronos" vão ser sempre em negrito].
Faz cerca de um ano e meio, mas eu consigo senti-lo. Tenho de chegar até. Tenho de proteger. Onde vai estar quem me invocou agora?
Resolveu não olhar para os demônios, que lhe traziam más memórias, e foi voando até a floresta. Foi sobrevoando alto e viu outra pessoa também sobrevoando o local.

— E uma pena Gavin....—Abro meus olhos e me encosto na arvore.

— Sabe até meu nome? Que bela surpresa... — desci da árvore, e fiquei de pé, na frente da mesma.

— Sim, e sempre necessário saber o nome das pessoas... — Ria quando o encaro.
— Sabe o que estou me referindo, as pessoas acabarão morrendo de frio se continua-se desse jeito.

Eu estava na orla de uma floresta. Decidi entrar correndo, sem me preocupar em olhar para cima, até que encontrei duas pessoas.
Percebi que ninguém estava me olhando e sobrevoei um pouco mais baixo, abaixo das nuvens. Agora estava em uma altitude mediana.

— A questão não é essa, e sim meus motivos. Eu reequilibrei a temperatura, tornando um pouco mais agradável — suspirei, e tirei o capuz.

— Motivos?....— Me desencosto da arvore.

Não pareciam estar me percebendo, então cruzei meu caminho com elas.
[Eram vocês :v]
—Hm... Olá?

— Não tenho motivos pra matar alguma pessoa, nesse exato momento — boto o arco no ombro, e notei outra presença — ...?

— Não interessa isso agora....—Olho a pessoa que se intromete no caminho, ignoro e pego uma carta de copas.
— 1....2....3— Quanto contei no três um demônio caiu na nossa frente morto.
— Bem que previ....esse mundo esta se acabando aos poucos.

— Por isso eu não sei se pretendo ficar no mesmo por algum tempo — suspirei, e quase que outra flecha de gelo escapa da minha mão. A segurei antes que caísse.

— Parece que a sua vontade e meio que teimosa....— Rir e vira de costas.

— Você pode me ajudar?
Sorriu.

— Sim, é. Elas dependem muito das minhas emoções... — suspirei e atirei a flecha pra cima. Ela atingiu uma nuvem, e começou a nevar.