Transsexualidade

Indentidade de Gênero

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Me: sou à favor de todos serem felizes sendo eles mesmos

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#161

Saori a dit :
Meu bem, eu to falando de preconceito não de conhecimento do índio, pelo amor de Deus mantenha o assunto do tópico.
Quem não entende sobre gênero/sexualidade tende a alimentar preconceitos pela falta de conhecimento, primeiro porque foi ensinado assim e segundo porque não conhece e acha que conhece.
Em uma comparação meio no sense, eu fiz um estudo sobre o HIV e até se ter conhecimento de como o vírus agia, quem tinha a doença era estigmatizado socialmente.
Da mesma forma, as pessoas não entendem como um indivíduo x, quer ser y. Não acham "natural" entendem até como "vontade de ser diferente", pior ainda é quando dizem que só existem pessoas XX e XY, justamente por falta de conhecimento.

O que eu fiz foi uma analogia válida pra dizer que conhecimento e percepção não são dependentes.
Preconceito não é falta de conhecimento, é falta de JULGAMENTO. Se te foi ensinado assim, então é uma forma de conhecimento (errada). Mas não é incorreto dizer que conhecimento real só pode surgir de um juízo correto.
O indivíduo que quer ter XY sendo XX ou vice-versa pode ter duas vertentes (excluindo-se intersexuais e malformações genéticas):
a) a natural, em que o cérebro se desenvolve de forma diferente da do corpo (precisa se provada consistentemente). Nesse caso, a disforia surge desde o nascimento e é pervasiva;
b) a induzida, em que a pessoa adota o arquétipo da transexualidade em níveis altos porque foi estimulada a se sentir desse jeito por pressões ambientais, sociais e culturais. Negar que isso exista não faz sentido, já que muitas pessoas fazem a transição e se arrependem.
Só porque algo é natural ou artificial não quer dizer que é bom ou ruim. Por isso meu julgamento foi que transexualidade é um disturbio/anomalia (normal e natural são coisas diferentes) em ambos os casos, mas nem por isso deve ser tratado de forma hostil.
Em ambos os casos, o conflito mental é evidente e traz problemas sociais pros indivíduos, mas apenas o segundo pode ser tratado. Como o primeiro ainda carece de confirmação, você não pode exatamente culpar as pessoas por dizerem que o segundo caso é a norma.

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#163

Realmente existe casos em que desejam destransição, mas foi justamente por não pensar direito e acabar se arrependendo, porém isso não difere todos a sua questão separada. Doublame, todos temos a chance de escolher o que queremos pra nossa vida, você não pode determinar o que é certo ou errado dependendo de concepções únicas e separadas do real contexto pragmático.
Então se eu "descubro com a ciência" que ser hetero é um distúrbio eu posso te execrar da sociedade e dane-se? Não existe humanidade em você?

#164

Frost a dit :
Realmente existe casos em que desejam destransição, mas foi justamente por não pensar direito e acabar se arrependendo, porém isso não difere todos a sua questão separada. Doublame, todos temos a chance de escolher o que queremos pra nossa vida, você não pode determinar o que é certo ou errado dependendo de concepções únicas e separadas do real contexto pragmático.
Então se eu "descubro com a ciência" que ser hetero é um distúrbio eu posso te execrar da sociedade e dane-se? Não existe humanidade em você?

Eu não sou hétero, lmao
E de novo: humanidade vale apenas pra pessoas que a valorizam. Excluir pessoas que não queiram desenvolver ou tenham o potencial pra aplicá-la de maneira não-destrutiva (tem MUITAS) da sociedade é simplesmente lógico, já que sociedade foi construída pra ser um conjunto de acordos e métricas para que humanos possam conviver, e acordos/métricas são parte de humanidade.
O mero fato de você levantar que a pessoa pode "acabar se arrependendo" de fazer a transição implica que ela se submeteu voluntariamente a fazê-la, então não vejo como isso se distancia da questão principal. Eu não quero excluir trans da sociedade, necessariamente; eu quero excluir pessoas que não têm humanidade. O fato é que o arquétipo de pessoas trans que são como tal de forma induzida não tem humanidade por padrão, e nem podem desenvolvê-la de forma não-(auto)destrutiva. Isso não significa que toda pessoa trans seja desse arquétipo, apenas que ela pode tê-lo em algum lugar e que, por este não fazer parte do de humanidade, deve ser sanado.

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#165

[Modéré par Kiwrimai, raison : Comentário removido pelo autor.]

#166

Ninguém se submete a nada que não queira, temos o livre arbítrio e as decisões que tomamos podem acarretar em boas ou más consequências, dependendo da forma que você as vê, por isso não tem como generalizar casos a parte de algo que vai bem além disso, se você focar só no senso comum que a ciência reitera nunca verá criticamente as ramificações que nossa existência possui, há complexidade e relevâncias que não podemos deixar de lado por não se adequarem as nossas concepções do moral e ético.

#167

>Senso comum
>Ciência reitera
E você fica cada vez pior.
"Ramificações" e "complexo" são apenas palavras de filósofos que procuram por perguntas que não tenham resposta e adicionar falsa profundidade ao pensamento deles que os permita justificar posições erradas.
Imagina um pedófilo colocando a mão sob um livro de filosofia e perguntando a si mesmo "devo ou não devo estuprar minha aquela garotinha?", apenas pra encher linguiça — já que ele iria fazer de qualquer jeito — porque pelo menos ele teve um "pensamento filosófico complexo" pra chegar a essa conclusão e por isso deve ser respeitado; é nesse nível que você tá trabalhando.

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#168

Caraca, que comparação SHOW DE BOLA. É isso, se pra você filosofia não passa de achismos e sem profundidade n tenho mais dialogo contigo.

#169

Frost a dit :
Caraca, que comparação SHOW DE BOLA. É isso, se pra você filosofia não passa de achismos e sem profundidade n tenho mais dialogo contigo.

A analogia é válida porque serve o propósito dela. Só porque a comparação parece absurda não significa que o ponto não seja correto.
E sim, a filosofia que aprendemos na escola é um monte de achismos, mas tem profundidade desnecessária; na verdade eu argumentei isso, onde você viu que eu acho esse tipo de filosofia sem profundidade?
A filosofia real provém de questionamento e tem como objetivo achar respostas; ao contrário do que o Ensino Médio mostra, que basicamente se resume em um amontoado expositivo de diferentes pontos de vista dos filósofos que achavam que antigamente tudo era feito de água/ar/apeirón/o caralho a 4 e fazer os alunos "refletirem" sobre pra dizer que estão sendo educados e formando raciocínio crítico.

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#170

I sexually Identify as an Attack Helicopter. Ever since I was a boy I dreamed of soaring over the oilfields dropping hot sticky loads on disgusting foreigners. People say to me that a person being a helicopter is Impossible and I'm fucking retarded but I don't care, I'm beautiful. I'm having a plastic surgeon install rotary blades, 30 mm cannons and AMG-114 Hellfire missiles on my body. From now on I want you guys to call me "Apache" and respect my right to kill from above and kill needlessly. If you can't accept me you're a heliphobe and need to check your vehicle privilege. Thank you for being so understanding.

#171

Airboid a dit :
Frost a dit :
Caraca, que comparação SHOW DE BOLA. É isso, se pra você filosofia não passa de achismos e sem profundidade n tenho mais dialogo contigo.

A analogia é válida porque serve o propósito dela. Só porque a comparação parece absurda não significa que o ponto não seja correto.
E sim, a filosofia que aprendemos na escola é um monte de achismos, mas tem profundidade desnecessária; na verdade eu argumentei isso, onde você viu que eu acho esse tipo de filosofia sem profundidade?
A filosofia real provém de questionamento e tem como objetivo achar respostas; ao contrário do que o Ensino Médio mostra, que basicamente se resume em um amontoado expositivo de diferentes pontos de vista dos filósofos que achavam que antigamente tudo era feito de água/ar/apeirón/o caralho a 4 e fazer os alunos "refletirem" sobre pra dizer que estão sendo educados e formando raciocínio crítico.

meu deus fica quieto volta pro pandlr

#174

Twistzaok a dit :
I sexually Identify as an Attack Helicopter. Ever since I was a boy I dreamed of soaring over the oilfields dropping hot sticky loads on disgusting foreigners. People say to me that a person being a helicopter is Impossible and I'm fucking retarded but I don't care, I'm beautiful. I'm having a plastic surgeon install rotary blades, 30 mm cannons and AMG-114 Hellfire missiles on my body. From now on I want you guys to call me "Apache" and respect my right to kill from above and kill needlessly. If you can't accept me you're a heliphobe and need to check your vehicle privilege. Thank you for being so understanding.

posso se sua helicoptera

#176

eu demorei pra entender o ponto do doublame com todo o rambling sobre coisa nada ver mas com o que eu entendi eu percebi que muito do que ele falou é baseado em desinformação e achismo entao vamos la
a princípio sua alegação de que "muitas pessoas se arrependem de fazer transição" é mito. uma pesquisa já revelou que somente 2% das pessoas trans entrevistadas demonstrou ter arrependimentos sobre a transição hormonal (em geral relacionados a cirurgias mal sucedidas (que raramente acontecem), não terem recebido apoio o suficiente de entes queridos ou até mesmo terem demorado muito pra decidirem que querem fazer a transição K), comparadas às 70% que disseram que não se arrependeram. uma outra análise mostra que grande parte dos casos de pessoas conhecidas por terem "se arrependido" e/ou detransicionado é sensacionalista ou suspeita, e parte das pessoas que realmente detransicionaram não estava consistentemente arrependida ou só estava insatisfeita com o processo técnico de transição/cirurgia em si, e não com a ideia de transicionar ou de fazer determinada cirurgia (fonte 1, fonte 2, mitos sobre transição em geral, todos com as devidas fontes; recomendo muito esse artigo porque ele desmente as falácias de pessoas com o seu mesmo pensamento; ele também cita um estudo sueco que demonstra que 95% das pessoas trans que passaram por transição hormonal reportaram resultados de vida positivos). se você não acredita em pesquisas ou algo assim eu não tenho nada a fazer por você além de te dizer que eu conheço DEZENAS de outras pessoas trans e posso te garantir que nenhuma delas sequer já conheceu alguém que queria não ter transicionado.
você afirmou que identidades trans são doenças (?) usando como argumento esses 2 "tipos" de pessoas trans que você inventou sem ter base nenhuma além da sua própria visão do que é ser trans, mesmo sendo cis e — eu acredito que — não convivendo com pessoas trans ou se informando sobre suas vivências (ou seja, o mínimo).
você sugeriu que pessoas trans poderiam ser "tratadas" (o que por si só já é falacioso) porque disforia tem "fontes sociais". sim, tem, e é justamente por isso que o problema NÃO é a pessoa trans, e sim o modelo eurocêntrico de gênero. fazer transição, operações cirúrgicas e expressão de gênero em geral são só formas de se adaptar a esse sistema preto e branco (ou, às vezes, subvertê-lo). além disso, nem todas as pessoas trans experienciam disforia (fonte: esse artigo e outros que você pode encontrar facilmente no google, além de grande parte da comunidade trans que já entrou em consenso em relação a isso) e nem todas decidem fazer transição hormonal ou cirurgias, porque a experiência trans NÃO se resume à "troca de s#xo".
"[a pessoa trans] se submeteu voluntariamente a fazer [transição]"
exatamente, e é por isso que o procedimento indicado pra pessoas que desejam fazer transição é o de tomar bloqueio hormonal e acompanhamento psicológico (justamente pra que a pessoa tenha certeza sobre sua identidade, e NÃO, isso não é o mesmo que "tratar a transsexualidade") até os 18 anos, idade em que a pessoa, aos olhos da lei, já tem a devida autoconsciência e o poder de decidir se quer mesmo transicionar. . . .

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#177

dizer que pessoas trans devem receber tratamento psiquiátrico apenas por serem trans pois a identidade transgênero traz "problemas sociais" é extremamente raso, porque insinua que a culpa é da identidade em si e não da sociedade lgbtfóbica.
adolescentes transgênero não são mais inclinados a sofrerem de depressão e cometerem suicídio inerentemente por serem trans, mas sim porque percebem que são mortos, fetichizados e ignorados por conta de sua identidade (que NÃO foi "escolhida" e nem "imposta") e muitas vezes não são aceitos nem mesmo pela própria família e colegas. difícil não sofrer de "problemas sociais", você não acha?

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#178

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#179

[Modéré par Kiwrimai, raison : Comentário removido pelo autor.]

#180

Vamos desembrulhar a merda, começando pelo mais fácil:

Neoclassicismo a dit :
dizer que pessoas trans devem receber tratamento psiquiátrico apenas por serem trans pois a identidade transgênero traz "problemas sociais" é extremamente raso, porque insinua que a culpa é da identidade em si e não da sociedade lgbtfóbica.
adolescentes transgênero não são mais inclinados a sofrerem de depressão e cometerem suicídio inerentemente por serem trans, mas sim porque percebem que são mortos, fetichizados e ignorados por conta de sua identidade (que NÃO foi "escolhida" e nem "imposta") e muitas vezes não são aceitos nem mesmo pela própria família e colegas. difícil não sofrer de "problemas sociais", você não acha?

No primeiro ponto, você inverte causa e consequência; a sociedade não gosta de pessoas trans num geral porque ela impõe uma norma, DEPOIS a disforia/desejo não-disfórico de transicionar surge (vou entrar nessa depois) como forma de subversão à norma por causa dos conflitos identitários, e então a sociedade é reacionária. Ou seja, sim! A causa dos problemas de trans vem da identidade deles, assumindo que a decisão seja consciente, porque essa subversão de papéis é antinatural e anti-humanitária (assumindo que a sociedade em si seja humanitária). O único contra-argumento pra isso seria se você dissesse que a norma social é limitada (preto e branco, como você disse), mas parece que ela é baseada em fatos quando o papel de gênero homem-mulher reflete na biologia (excluindo, de novo, malformações genéticas, como no caso dos intersexuais, em que elas podem facilmente adotar um dos dois sem repercussões — eles podem "se passar por", como dizem os cancervas) e funcionou muito bem desde então.

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