Dia ensolarado. Felicidade. Ansiedade. Isso e mais outros sentimentos que o pequeno Abel sentia. Abel era muito entusiasmado com qualquer coisa nova, estava vestindo um casaco com orelhas que tinha comprado para esse dia. Ele tinha terminado as provas finais, deixando uma grande alegria em seu peito, um sentimento de realização. Logo após sair da sala de aula pela última vez, se despedir de todos seus amados professores que ele passou o ano, saiu pelo portão da frente.

Abel: Finalmente! Uma nova etapa da minha vida começa... Mas primeiro irei encontrar com Asturo, ele deve me estar esperando perto do Café da Shibuya 109.

Abel começou a correr em direção ao grande prédio, com uma tela gigantesca com anúncios das próprias lojas. Como prometido por Asturo, eles estava esperando, tomando seu Chocolatto. A alegria no olhar dos dois ao se encontrarem depois de um tempo sem se verem. Asturo estava com sua jaqueta típica, seu boné característico.

Asturo : Finalmente! Demorou hein? Achou difícil a prova?
Abel : Você sempre com essa piadinha, mas sabe que eu sempre estudei mais que você.
Asturo : Fala baixo, não quero que os outros escutem...- Disse Asturo em um tom mais baixo.

Asturo logo pegou o celular do amigo, sabendo que ele sempre colocava no bolso esquerdo. Então digitou no Google um endereço estranho para Abel.

Abel : Mu... T... Are...? O que é MuT are?
Asturo : Mutare, e não Mut are. Bem, você verá. Toma, já acabei de fazer o cadastro - Falava enquanto tirava foto de Abel.
Abel: Hun?

Ele olhou para o Site. Fotos estranhas e sangrentas começaram a aparecer. Pessoas mortas. Ele reconhecia algumas do noticiário.

Asturo : Está vendo essa? Ela apareceu uns 3 dias antes de morrer. Intrigante não?
Abel : Como... E-eu... -Paralisado, tirou da página do Site rapidamente, e limpou o histórico do celular.
Asturo : Não precisava disso tudo... Ahnn... de qualquer forma, vamos. Tem varias lojas que quero visitar ainda hoje. Melhor nos apresarmos.

Assim, os dois amigos saíram do café, e começaram seu passeio por Tokyo felizes, afinal, o que poderia dar errado?

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Depois das compras, eles foram ao metrô, como de costume. Mostraram seus tickets e foram até a plataforma. Começaram a esperar, como sempre.

Abel : Ei, aquela não é a garota que você gosta? -Diz baixinho para Asturo, enquanto o cutucava
Asturo : É... É ela. Não aja feito um idiota, é a primeira vez que eu vou poder falar com ela! Não me envergonhe, por favor - Disse ansioso
Abel : Que seja...

A garota se aproximou dos dois.

Garota: Ahn... perdão, mas essa é a plataforma para Osaka?
Asturo : Alicia? É você?
Alicia: Ahn, sim. Sou eu mesma. E vocês? Eu vos reconheço de algum lugar...
Abel : Nós estudamos na mesma escola, mas em turnos diferentes.
Alicia: Ah sim! Bem, de qualquer forma, obrigada.

Eles já iam se despedir do rápido encontro, mas um apito de mensagem simultâneo surpreendeu os três.

Abel/Asturo/Alicia: É da Mutare...

Os três abriram e viram fotos de cada um.. mortos e esmagados pelo trem..
Todos que estavam ali também aparentavam estar mortos. O metro estava colapsado, como se tivesse sido um terremoto.
Ao mesmo tempo, os três tiveram a ideia de subir, mas já era tarde de mais...

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Continua...

O trem no qual Abel e Asturo iriam pegar estava chegando. Os três ainda estavam pasmos com o que estavam vendo. Aquilo poderia realmente acontecer e eles estavam ali, presenciando seus fins. O que estava para acontecer era incerto. Pela primeira vez, Abel sentiu medo, Incerteza. Aquilo poderia ser comparado com Asturo e Alicia.

Abel: Acho melhor subirmos... O que vocês acham?

Não deu tempo suficiente para formularem uma resposta e um grande tremor se chocou com a estação. Tudo estava balançando. As pessoas começaram a correr. O teto com a propaganda de Shibuya havia caido sobre algumas pessoas. A luz tinha acabado, impossibilitando Abel e os outros de se verem nitidamente. A única luz que eles tinham era a do dia, atrás da saída do metrô. Aquela altura, eles não tinham mais esperança. O tremor foi tão forte que os derrubou no chão. Antes que eles pudessem correr em direção a saída, o trem descarrilhou, atropelando algumas outras pessoas. O trem havia inclinado para cima com a força do impacto e inevitavelmente, caido sobre Abel, Asturo e Alicia que estavam juntos, caídos no chão.

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Escuridão, nada mas além de um manto escuro se cobrindo sobre o mundo. Um grande "Sim" e um grande "Não" estavam a frente de Abel, e uma pergunta acima : "Você ainda quer viver?"
Abel apontou para o "Sim" com convicção.
Uma voz surgiu do consciente de Abel.

???: Oh, filho do homem. Seu desejo de sobreviver é nítido. Sua força de vontade e determinação. Volte filho do homem. Esta é sua última chance.

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Abel acordou no metrô. O trem havia descarrilhado. Muita fumaça e os corpos daqueles que não conseguiram se salvar. A luz na saída estava a sua frente. Mas logo lembrou de algo : Asturo e Alicia.

Abel: Hun? ASTURO! ALICIA! VOCÊS ESTÃO AÍ? -Gritou... mas ninguém tinha respondido,

Ele subitamente viu algo se mexer nos destroços. Uma mão surgiu dali. Ele a reconhecera, e claramente não podia esquecer de quem era.

Abel : ASTURO! -Gritou enquanto corria em direção ao amigo.
Asturo: O q-que... aconteceu...? -Disse pausadamente enquanto se livrava dos destroços.
Abel: Eu não sei... mas nós temos que sair daqui... mas antes, temos que achar Alicia.

Enquanto ajudava Asturo, ele achou a bolsa de Alicia. Ele correu para ela, mas Alicia não estava lá. Ele olhou para o lado e viu um monstro se aproximando da Alicia. Ela estava assustada e ele estava se aproximando dela. O monstro tinha forma de lobo, em duas patas, segurando um bastão de ferro.

Asturo : Alícia!

De repente, uma aura azul se formou ao redor de Asturo, ele ficou assutado e não sabia do que se tratava. Um fogo fátuo surgiu da aura azul, e começou a atacar o Lobo sobre duas patas.

Abel: Venha, rápido! -gritava enquanto estendia seu braço para Alicia segurar.

Alicia foi puxada por Abel, e junto de Asturo correram em direção a saída. Enquanto os outros dois subiam, Abel ficou olhando a luta acontecer, O fogo fátuo usava chamas contra o Lobo sobre duas patas, e o Lobo tentava avançar contra o Fogo Fátuo. Pela vantagem de voar, ele desviava dos ataques do Lobo, mas mesmo assim ele não desistia. Com o golpe final, ele disparou uma chama muito maior do que as outras, incinerando o Lobo, fazendo ele desaparecer..
O fogo fátuo vitorioso também desapareceu, sendo relacionado como algo de Asturo, já que ele aparentava ter invocado aquilo. Terminada a luta, Abel subiu junto de seus amigos, mas ainda com várias perguntas na cabeça.

Continua...