[Suspense] Death Day Stories |
Israelwoods « Citoyen » 1499351880000
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"O conto é uma obra de ficção que cria um universo de seres, de fantasia ou acontecimentos. Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão." Eis que estou de volta, dessa vez trago uma fanfic com vários contos. Todas se passando no mesmo universo, apenas em tempos diferentes, cabe a você imaginar e descobrir oque esta acontecendo. Pequenos contos de suspense, com reviravoltas e mistério. *Dicas construtivas são bem vindas! <3 Me Desculpe... Seus olhos estavam cansados, mas ele sabia que não poderia dormir, não enquanto encontra-se um lugar seguro para passar a noite. Seu carro deslizava entre o barro e as pedras, fugir, era o que todos diziam… Todos estavam deixando as cidades grandes, pois lá o risco é maior. Sua esposa dorme no banco ao lado, e seu filho cochila em meio as cobertas e malas espalhadas nos bancos de trás do carro. A chuva deixou a estrado escorregadia, ele não poderia reduzir a velocidade. E se uma daquelas coisas estiverem lá fora?! Ele não para de pensar nisso… Ele está concentrado, não tira o foco da estrada, sem tempo para pensar no que está acontecendo, sem tempo para pensar nas coisas e nas pessoas que deixou para trás, da casa, dos amigos, do seus pais e irmãos, sobrinhos… sem tempo. A cada quilômetro a mata em volta da estrada fica mais densa e sombria, a luz carro era a única forma de ver o caminho. Ele tinha que chegar em segurança ao ponto marcado, e esse era seu único objetivo. Que infelizmente fracassou… O carro deslizou em uma curva fechada, ele estava rápido demais e não conseguiu frear. O carro destruiu tudo pela frente até bater em uma enorme árvore, uma batida letal… Seus olhos abriam aos poucos, a luz do dia o selou por uns instantes, mas logo conseguiu ver a destruição. Vidro espalhado para todo o lado, malas e objetos que estavam na parte de trás do carro, agora estavam em cima dele e no lado de fora. Seu corpo doía, sua cabeça latejava, um corte profundo no braço direito. Ele estava zonzo, não prestou atenção no que tinha real acontecido. Quando todos os seus sentidos voltaram, seu único foco era em direção a porta do banco do passageiro. Sua respiração aumentava, seu coração parecia saltar pela boca… Ficou paralisado, olhando sua esposa, ajoelhada em meio a lama e a folhas de árvores, acabada… Ela chorava, lamentando em voz baixa, segurando seu filho morto em seus braços. Enrolado em cobertores, seu sangue se misturava a de sua mãe e que penetrava entre a lama. Ela não tinha mais condições de chorar, pois estava morrendo. O homem sai do carro, naquele momento esquece de seus ferimentos. Corre em direção a sua esposa que agora está caída no chão. A abraça com medo, com esperança. Ele chora, sufocando, ele tenta gritar. Suas mão cheias de sangue… Sangue do seu filho, sangue da sua esposa… Ele perde a noção do tempo. Sentado ali, no lado da cova que cavou para sua esposa e seu filho. Ele está exausto, acabado, por dentro e por fora, a maior dor de sua vida. Seu braço direito está enfaixado, e seu corte na cabeça sangra. Ele perde o rumo, não sabe o que fazer. Se levanta e vai até o carro, lá dentro ele abre o porta luvas e pega uma caixa. Seus pensamentos vão e vem, momentos felizes com sua família, momentos terríveis nos quais ele passou esses últimos meses… A culpa está o matando,mas ele sabe que a culpa não é dele, a culpa é daquelas coisas, as quais estavam fugindo… Horas caminhando, lentamente pela aquela estrada, cambaleando. Ele não sente mais seu braço direito, a sola dos seus pés ardem, sua cabeça lateja a cada passo, são esses as sensações que o lembram de tar vivo. A mata começa a desaparecer, dando vida a pequenos campos. Ao longe ele observa casas, pequenas casas de fazenda, a antiga casa de sua avó… O local marcado. Ele não para, caminhar pela aquela estrada. Com a pequena caixa de madeira em sua mão esquerda. Caminhando, vivo mas morto por dentro. Pensando, recordando os momentos, presenciando o passado. Mais logo algo chama sua atenção, um som vindo da mata atrás dele. Ele reconhece aquele som, são resmungos, e ele sabe quem são os responsáveis pelos barulhos. Ele tem que correr, mais está esgotado. No primeiro passo seu corpo cai no chão, ele olha para a mata e logo as silhuetas começam a se formar, e aquelas carnes podres correm em sua direção. Ele não consegue se levantar, ele não quer. Se arrasta para trás, suas costas se apoiam em uma cerca velha de madeira. Ele olha aquelas coisas vindo em sua direção enquanto abre cuidadosamente a caixinha de madeira. Sua mente está em sua família, seu filho, sua esposa e todos aqueles que moram . Ele tira a arma da caixa, então coloca o cano da pistola em sua boca, era frio, como o corpo de seu filho antes de enterrar junto de sua mãe, naquela cova que ele mesmo cavou. Me desculpa filho. Diz o homem. E então… puxa o gatilho… Um voo para a Liberdade Após horas andando pelos esgotos, o cheiro de fezes não era mais insuportável. Suas roupas estavam molhadas do joelho para baixo. Com frio, grupo de cinco pessoas caminham silenciosamente, com fome, com sede, com medo. Formado por duas mulheres, uma enfermeira e uma comerciante, e três homens, um ex-militar, cozinheiro e um vendedor. Todos se conheceram no mesmo lugar, e se uniram para tentar sobreviver das coisas que estão lá em cima, na cidade. Eles carregam poucos mantimentos, e armas improvisadas, pois, o intuito deles é sobreviver, de qualquer forma, de qualquer jeito… Logo encontram uma saída, era a primeira em quilômetros. A luz do sol é um alívio para todos, mas por pouco tempo, pois eles lembram o'que há lá em cima. O ex-militar é o primeiro a sair, o líder do grupo. Ele observa o lugar, uma pequena praça, rodeada de prédios, nos quais as chamas e fumaça saem. O cão se instalou na cidade, é raro ver um prédio ou estabelecimento intacto. O grupo sai da passagem de esgoto, e correm em direção a um pequeno prédio, quatro andares, o que parecia o mais seguro, pelo menos para eles. O prédio tinha grandes janelas, em algumas não existia mais vidros, quebrados por vândalos, ou até mesmo por sobreviventes. Logo na entrada eles descobrem que naquele local funcionava um escritório, pois, a papéis espalhados por todo lugar, até mesmo na escada onde sobem para ver os outros andares. A partir do terceiro andar, as coisas estavam mais em ordem, poucas coisas destruídas e objetos espalhados pelo chão. Era ali onde iam passar o dia, ou até mesmo a noite. Todos se acomodam, pegam algumas latas de alimentos que carregava na mochila, quietos, pensativos. O pequeno comerciante se vê olhando pela janela, que agora é apenas um buraco na parede. Olha o pôr do sol, em meio a toda aquela destruição. Ele pensa, e pergunta para si mesmo… O'Que está acontecendo? Quando anoitece as coisas começam a ficar tensas. A lua cheia faz com que a escuridão diminua. Seus corpos tremem de frio, e o silêncio ainda toma conta. Logo é decidido quem vai ficar no primeiro turno, observando e cuidando do local enquanto os outros dormem. Então o escolhido, o cozinheiro, se acomoda em uma cadeira, ao lado da grande janela quebrada, olhando a praça em frente ao prédio, olhando as árvores se movendo conforme o vento, apenas com a luz do luar. Ao longo da noite, tiros e sons são ouvidos ao longe, atrás dos prédios, são sobreviventes, os quais como eles não decidiram fugir para o interior. Pessoas escondidas em prédios, em lugares onde antes eram comércios e casas. Lugares onde agora são cenários de morte. A enfermeira acorda, ainda deitada pensa na sua antiga vida, cansativa mais tranquila, trabalha quase todos os dias na semana, salvando vidas, e agora trabalha para salvar sua própria vida. Ela se levanta e vai até o cozinheiro, ele está concentrado, observando a praça, observando entre as folhas das árvores que se movem com o vento. Ela senta ao seu lado, quieta, sem sonho, ele percebe isso. Olhando para o céu, vendo as nuvens e as estrelas, as quais não davam para ver antes, com as luzes da cidade. Os sons de tiros, isso a faz ficar aliviada, mais triste ao mesmo tempo, pois ela lembra que não são os únicos vivos, mas lembra que talvez estejam sendo atacados, sendo mortos. Os dois não conversam, apenas quietos, olhando, pensando... O cozinheiro olha para o relógio em seu pulso, 11:45 era hora da troca de turno. Ele se levanta, deixando a garota sozinha. Ele caminha até o vendedor que está deitado debaixo de uma mesa, abraçado em sua arma, um facão de caça. A garota, a enfermeira. Olha os movimentos do cozinheiro, que agora tenta acordar seu colega. Mais algo chama sua atenção, lá me baixo na praça sons vindo das sombras dos predios. Ela olha, com medo, sem piscar, e então vê movimentos, além das folhas das árvores. Correndo, entrando pelo prédio. Ela grita, seus companheiros contam num instante, todos perdidos, não entendo oque ela ta dizendo. Então eles ouvem um som alto vindo da porta que vai até as outras salas. Tão rápido que os deixam sem reação. Aquelas coisas saem correndo, atacando todos. Nem dando tempo para se defender. Eram tantos, estavam ali escondidos, esperando… A enfermeira corre em direção a escada, tiros são disparados, ela não sabe quem está atirando, não quer olhar, não pode olhar. Subindo as escadas, os tiros pararam, e os sons de resmungos a perseguem. Ela entra na primeira sala que vê, tenta fechar a porta, mas é impedida por aquelas coisas. Uma avalanche, todos tentando entrar na sala. Ela não vai aguentar por muito tempo, ela tenta segurar mas não dá, ela tem que salvar sua vida. Ela tem que sobreviver… Num pensamento rápido, olha para os lados e vê uma saída, uma única saída, uma janela. Apoiando seu corpo contra a porta, ela pega uma vassoura que estava ao seu lado e a apoia na fechadura deixando seu cabo encaixado no chão. Aquilo seria inútil, não iria aguentar a avalanche que está do outro lado da porta. Mais daria tempo, tempo para ela correr, tempo para sobreviver. Então ela respira fundo, com medo, ela corre, a porta se arrebenta atrás dela, e uma onda invade a sala, aquelas coisas são rápidas, mas ela está na frente. A janela rachada está em sua frente, cada vez mais perto, passo após passo. Ela apenas ouve os resmungos atrás dela, ela não pode parar, ela não quer. Então ela joga todo o peso do seu corpo contra a janela, girando seu ombro direito na direção do vidro. E então ela está no ar, caindo, caindo, caindo. Estou salva… Caindo. Dernière modification le 1617377340000 |
Liinkinrata « Consul » 1499397720000
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parece interessante, dps eu leio |
Israelwoods « Citoyen » 1499448840000
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PRIMEIRO CONTO ADICIONADO Dernière modification le 1499448960000 |
Israelwoods « Citoyen » 1499448900000
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Liinkinrata a dit : Ok :3 |
Israelwoods « Citoyen » 1567478100000
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BONS TEMPOS |
Israelwoods « Citoyen » 1617377340000
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Atualizado |