[Aventura] We Live for the Game |
Zarphis « Censeur » 1507433160000
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Welcome, Player. ⦉---- Intro ----⦊
⟨---- Intro ----⟩ Chapter 0 — Loading Knock knock, é o som que a porta faz à evidente batida de alguém que outrora deveria estar fazendo algo mais importante que batendo em portas de dormitórios alheios, especialmente dos que tem a placa de "Não Perturbe" bem grande no meio dela. — Quem é? — acabei perguntando, de uma forma meio... Cansada? Basicamente. Meus dias tem sido um inferno total, mas a culpa não chega nem perto de ser minha. Eu tenho 14 anos, e fui colocado em um internato para cursar o lendário "High School". Quer dizer que eu vivo rodeado de gente mais velha e de coisas que eu deveria estar aprendendo em 3 ou 4 anos. Como eu cheguei até aqui? Bem, a história é longa e curta, ao mesmo tempo. Foram anos e mais anos de sofrimento, anos e mais anos de simplesmente viver sem fazer absolutamente porcaria nenhuma de útil. O governo Britânico tem um projeto interno, ao qual meus pais me colocaram de forma quase religiosa dentro — sem demonstrar apoio real algum, pra falar bem a realidade. Eu os vejo mais como as pessoas que doaram DNA pra me criar do que alguma pessoa que eu tenha um vínculo familiar real com, já que eu só vivi com eles propriamente dizendo por volta de 4 anos da minha vida. De volta ao projeto — projeto Inferno, como eu prefiro chamar —, é um sistema que faz com que você avance pelos anos de escolaridade de uma forma estupidamente rápida. Primeiro, você vai parar em um internato — outro, não o que atualmente me encontro em —, e você tem aula de manhã, tarde e noite. É como um intensivo de 6 dias por semana, 4 semanas por mês, 12 meses por ano, até que você complete todas as "classes" que estão disponíveis. Deuses, eu ainda odeio Química. Sábado era o único dia livre para nós — sim, tínhamos aula em pleno Domingo, dia de dormir —, que muitos, por não ter tempo ou disposição pra ter uma interação social decente, passavam estudando ou fazendo outras coisas socialmente consideradas inúteis. Eu diria que eu me encaixo mais na segunda alternativa. Meu "NerveGear", como gosto de chamar, é a minha janela pro que tem aí por fora — e a escapatória pra quase todos meus problemas também. Uma coisa boa, que ninguém considera: O que você aprende dentro desse "mundo de jogos neurais" se aplica fora deles, já que o seu cérebro vai aprendendo a fazer as coisas, e mudar de um corpo pro outro só depende do quanto o jogo se foca a ter a perfeição. Comecei a jogar aos 6 anos de idade, sem ter muito conhecimento do que eu estava me metendo em. Se eu soubesse, eu teria me metido antes, lá pelos 3 anos de idade. Sabe, alguns anos atrás teve um anime chamado "Sword Art Online". Diziam que ele era besteira ou algo assim, mas a besteira na realidade se encontra em quem acha que é besteira. — Dá pra abrir a porta? Eu vim trazer pizza. Calma. A explicação pode esperar. Não existe nada no mundo mais importante que Pizza. Levantei da cama em um pulo, logo arrumando as roupas amassadas devido ao tempo deitado. Um uniforme cinza com mangas pretas escolar, todos no internato usam. Só que eu insisti em diferenciar e estampar meu nickname dentro dos jogos nas costas da camisa, o que dá um toque mais "meu" pra isso tudo. Dei uma olhada no horário no meu celular, um Galaxy S6, meio antigo, mas ainda tem todas as funcionalidades necessárias pra uma pessoa como eu. — Não tá meio cedo pra jantar, Peter? São só... — finalmente notei o "AM" atrás do "12:48" — ... Esquece o que eu ia falar — coloquei o celular no bolso, me dirigindo até a porta de madeira cinza. Os quartos não eram muito decorados, já que você não devia passar muito tempo neles. Eu não tinha um colega, preferi escolher um quarto sozinho. Menos chances de alguém roubando minhas coisas ou enchendo meu saco pra pedir ajuda com temas — embora já façam isso, e é chato pra caramba. Por ter um quarto sozinho, acho que posso dizer que tenho bastante espaço. 2 camas, 2 mesas de trabalho, o meu NG portátil do lado da minha cama, atualmente carregando após a jogatina de 8 horas que eu fiz ontem (Obviamente compensei dormindo na aula de História)... Do que mais eu precisaria? É, eu sei a lista mental gigantesca que apareceu aí, mas dá uma esperada antes de começar a lista de Nobéis. — Jason disse que meia-noite é a hora perfeita pra jantar — destranquei a porta, abrindo uma fresta para olhar para fora — E eu já estava apostando que você acabou dando uma escapada no cronograma, então trouxe o que sobrou da janta de antes. Ah, o mesmo olhar desgraçado de sempre. Eu tenho uma inveja desse cara que vocês não tem noção. Loiro dos olhos azuis-claros, tão claros que são quase brancos, e uma simetria facial praticamente perfeita, com uma altura também perfeita na média mundial, e uma voz não-irritante. Coisa rara, na minha opinião. Comparando com os meus olhos castanhos e cabelo preto, ele tem muito mais a chamar atenção que eu. Demorei um pouco pra abrir a porta, desfazendo todas as 8 trancas que eu instalei na porta do meu quarto, caso eventualmente a KGB apareça batendo aqui — eu sei que meras trancas não vão parar a KGB, mas vai dar tempo de pular pela janela. — Eu sou previsível assim? — estendi o braço pra pegar a caixa de pizza, mas ele negou, me empurrando pra lado enquanto entrava na base da ombrada pra dentro do meu dormitório — Ei, não me culpe depois pela bagunça. As pessoas simplesmente entram quando e como quiserem, nem avisam. Ele soltou uma risada fraca, enquanto deixava a caixa na segunda mesa. — Você ainda não comprou seu convite pra festa da semana que vem, e você me disse que ia ir nessa. Qual é, vai amarelar como nas outras? Pra ser sincero, eu esqueci dessa pequena parte. Fechei a porta do quarto, pra abafar o som. — Cara, eu esqueci. — Pera, como assim esqueceu? Você é um dos organizadores dessa festa e esqueceu de comprar o próprio convite? — Eu tava um pouco ocupado demais com o campeonato Mundial que tá rolando — tentei inventar uma desculpa pra dar um "backing" na desculpa que ia vir a seguir — E, pra ser sincero, eu não tô muito afim de ir. Você sabe quem vai estar lá. Ele se escorou na parede. Provavelmente pensando. Esse hábito dá pra dizer de longe de onde veio. Peter era um cara que nasceu de berço de ouro, mas ainda assim curtia parecer "bad boy" pras garotas por aí. Se escorar na parede de braços cruzados enquanto criança era a definição de "social bad boy", mas isso mudou com o tempo, embora os hábitos permaneçam os mesmos. Eu não tenho a melhor capacidade de leitura corporal do mundo, mas é boa o suficiente pra deduzir isso por convivência também. — Nessa parte você tem razão. Se você for, vai ter que lidar com o Mike. Mas você ainda devia ir. Tem gente que vai te apoiar lá, por mais que você tenha altas chances de tomar uma surra, é só tentar pensar pelo lado bom. Mike é tipo "o valentão" desse negócio. O problema é que ninguém questionou o cara a vida toda, aí ele se achou o dono da razão. Junte isso com o fato de que ele faz academia desde que se deu por gente. É, ele pode bater em qualquer um. Nunca me meti em uma briga que eu não consegui escapar de alguma forma, mas a última "pisada na bola" quase foi fatal. Nós, da sala 7, tínhamos aprontado uma pro professor de Geografia. Um balde de tinta azul. Enquanto eu colocava acima da porta, ele acabou entrando na sala e virando um dos Blue Man da TIM por algumas horas. Isso deixou ele absurdamente pistola, simplesmente porque isso ocorreu na frente de metade das garotas da turma, e bem... Elas riram. Eu consegui escapar literalmente pulando por cima da porta e saindo correndo até o ginásio pra me esconder atrás das arquibancadas, mas ainda assim, foi por um fio. Na realidade, eu tô um pouco cansado disso. — Eu não acho que vou ser eu que vou tomar uma surra, Peter. — Ahn? — Eu disse que eu não acho que vou ser eu que vou tomar uma surra. Ele soltou uma risada, mas essa foi de nervoso. Qualquer idiota podia deduzir algo assim a partir do momento que ela foi tão estupidamente forçada que parece mais um boi rosnando do que uma risada humana. — Cara, ele pode te quebrar em pedacinhos com um soco. Não é seguro. — Pra ele me quebrar em pedacinhos com um soco primeiro é necessário que ele acerte o soco, concorda? Cruzei os braços e me escorei na porta, imitando a postura dele, só que com um sorriso de canto. Depois de 6 ou 7 segundos ele finalmente notou o que eu ia fazer. E apenas assentiu, com uma cara levemente... Espantada. Não o culpo. Ninguém que tenha a mínima sanidade ia tentar isso. ⟨---- Intro ----⟩ Dernière modification le 1507690680000 |
Daamond « Consul » 1507515660000
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a dit : KKKKKKKK eu gostei muito desse primeiro capítulo e puts to muito ansioso pro próximo, TENTAR OQ?? |
Zarphis « Censeur » 1507690620000
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Estouc0mmedo a dit : Não dá pra saber, né? Chapter 1 — Press Start — Você se lembra dos planos? Das pesquisas que eu estava fazendo? Acho que está na hora de colocar à prova a comunidade científica inteira. Eu tenho uma tese. Uma tese incrível. Pense como se o jogar em um NerveGear fosse simplesmente te trocar de corpo com um em outro universo. Sua mente aprende a fazer as coisas, mesmo que seu corpo não. Mas como é sua mente que controla, os impulsos devem ser os mesmos. Assim sendo, se eu aprendi a lutar em um jogo on-line... — Vamos iniciar o teste 1 — me desescorei da parede, movendo os ombros pra dar uma confirmada na capacidade das minhas articulações — Tente me atacar. Peter ficou olhando pra mim com uma cara de quem estava vendo um artista como Van Gogh fazendo uma pintura. "Não faz sentido", provavelmente é o que a mente dele estaria pensando. Bem, na minha também não faz, mas faz sentido na sua mente sobre como seus pés nunca estão em contato direto com o solo por causa dos elétrons? Pra muitos não, mas ainda é uma verdade. Então é hora de testar o quão louco eu consigo ser. O cara fazia academia e era meio que o líder do time de Futebol Americano. Coisa bem clichê, na minha opinião, mas se eu conseguir refletir um ataque dele, Mike não vai ser absolutamente nada. Eu o encarava nos olhos, tentando ler o próximo movimento. Isso é a minha especialidade nos jogos. Depois de pensar um pouco, ele simplesmente avançou na minha direção. 181 centímetros de jogador de futebol americano correndo na sua direção não é algo que muitos gostariam de ver. O primeiro ataque parece ser uma investida de ombro. Ok, pense, rápido. Que movimento pode se aplicar? Ah, sim. O movimento básico de contra-ataque da classe Phantom. Me abaixei um pouco, prontificando pro tempo de reação que eu ia precisar ter. Talvez, se fosse pra algo dar errado, seria precisamente agora. Eu tinha por volta de 172 pontos de Agilidade no jogo, e francamente, não sou das pessoas mais ágeis fora do jogo, então preciso compensar. Ele já tinha corrido 50% dos 4 metros que separam o ombro dele da minha face, então a ação tem que ser agora. Me joguei na direção dele como se fosse aplicar uma rasteira. Ele prontamente se preparou pra pular por cima das minhas duas pernas conjuntas. Se o ataque básico de uma classe de Tier 5 fosse algo simples assim, o jogo não ia ter graça. A minha perna esquerda, de contato mais próximo com o chão, executou automaticamente o movimento de travar o derrapar com o joelho. Ele pulou cedo demais, não esperando que eu parasse o movimento. O jogador de futebol parou a uns 3cm à frente da minha perna. Com o que eu tinha de força, executei os 2 movimentos sincronizados que caracterizavam o contra ataque. Primeiro, o joelho. Preciso que ele fique com os joelhos retos. Solução mais simples? Um chute direto nas juntas vindo da frente. Não vai fazer ele cair, mas ele não devia cair com essa parte do movimento. Minha canela se deu de encontro aos dois joelhos bem-estruturados de Peter, que então ficaram retos com a pressão aplicada pela frente. Ele pendeu levemente pra trás pra compensar o impacto, como se isso fosse o derrubar. A parte boa é que ele não tem visão da minha cintura pra cima no ângulo atual dele, então o golpe vai ser certeiro. Preparei a cotovelada e em um movimento único acertei a lateral das costelas dele enquanto eu usava a perna direita, que foi a que aplicou o chute, pra me dar altura. A cotovelada nas costelas, após o impacto inicial, se tornou um braço que passava pelas costas inteiras do sujeito. Uma vez que eu consegui agarrar a camisa do outro lado, prontamente puxei pra frente, ao mesmo tempo que a perna esquerda, que dava apoio, virou um chute na parte posterior da junta dos joelhos, que fez eles se curvarem. O meu peso mais o peso da puxada fizeram ele pender pra frente quase totalmente, enquanto o chute nos joelhos fez ele perder a postura que o mantinha reto, de pé. Resultado? Ele deu de cara no chão com a força do que basicamente era o meu peso mais os meus músculos. Resultado final? Deu pra ouvir um gritinho de quem quebrou o nariz. — Acho que — imediatamente soltei da camisa e recuei um pouco pra trás, ainda no chão — Exagerei um pouco. Tu tá bem, cara? Peter fez um joinha com o braço direito enquanto usava a manga esquerda pra limpar o nariz, obviamente sangrando. — Isso é o contra-ataque padrão dos Phantom. Eu não executei nem com metade da graça que eles fazem dentro do jogo — me levantei, oferecendo a mão como apoio pra ele — Mas eu executei, e eu não precisei treinar fora do jogo pra isso, por mais que eu acho que eu tenha torcido a perna por um momento quando eu fui chutar. Ele demorou um pouco pra se levantar, mas aceitou a ajuda pra se levantar. Não cheguei a quebrar o nariz dele, mas claramente parece estar doendo. E sangrando, também. — Isso não faz sentido — a voz dele ficou nasalada. Faz sentido, afinal ambas as narinas estão praticamente tampadas com sangue — Mas funcionou. Parabéns. — Tem algo que eu planejo que não funciona? — parei pra pensar por um momento, mas logo decidi modificar a frase — Tem algo que eu planejo com relação a jogos que não funciona, me corrigindo? Ele deu de ombros. Não é como se ele fosse um jogador da internet. Os jogos dele eram muito mais simples. Contato corporal, passes de bola, e muitos, muitos narizes quebrados. Isso é o conceito de esporte do Peter. O que eu acabei de demonstrar a ele é um golpe simples de um jogo, que o jogo executa automaticamente pra você, mas sua mente aprende. Pra ele, eu devo ter treinado esse golpe escondido por algum motivo, mas a realidade é que essa é a primeira vez que eu tento algo assim. — Vá avisar a Glok que na festa vai ter uma festa maior ainda lá dentro. Diz que alguém vai quebrar o Mike a pau, mas não fala que fui eu — dei um tapinha no ombro dele — E da próxima vez, traga pizza de quatro queijos. Vegetariana é péssima. — Você ainda tem uma saúde a cuidar de, sabia? — Claro que sei. E vou ter que começar a trabalhar nela, de alguma forma, porque eu vou precisar de mais força que o que eu usei pra te derrubar, e eu não a tenho. Mas talvez tenha uma simples solução pra isso. Eu posso não usar meele contra ele. Dei uma olhada ao redor. O quarto era um 8x8, com as 2 beliches, 2 mesas, 2 armários, coisa e tal. Fui colocar a pizza em uma das mesas enquanto olhava pros armários. Eu devia ter alguma coisa útil em algum desses, ou nas estantes que eu coloquei nas paredes que não tinham nada. — Já pensou em fazer uma granada usando refrigerante? — sugeri. — Não funciona. Precisa de muito açúcar pra isso. — Nesse caso, eu sei onde vou encontrar açúcar. Ainda tem contato com o tal do Tyler? — É óbvio, velho. Ele ainda tá no time. — Não é ele que vende aqueles docinhos lá, que são tão doces que uma mordida te dá diabetes? — Ele ainda vende isso? Disse que ia parar. — Então eu tenho que trocar uma palavrinha com ele, por mais amargo que seja o pedido. Eu dei um sorriso forçado pelo trocadilho bosta. Eu não sou o mestre desses. Preciso trabalhar nisso. Peter deu um facepalm do tipo "Épico", e eu soltei uma risada baixa. — Preciso de uma aula de trocadilhos. — Então é com o Jonas que você precisa falar. — Beleza. 2 pessoas que eu preciso me visitar pro primeiro Boss da campanha. O que pode dar errado? Nunca fale "o que pode dar errado?". É como pedir que algo dê errado. |
Rosabella009 « Consul » 1507743540000
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Eu li só um pouco, mas adorei Continua! |
Zarphis « Censeur » 1507935600000
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Meio entediado, então aí vai mais um. Meio curto porque ele tá sendo escrito no celular. Chapter 2 — A Peculiar Party A Chuva de Outono tem um odor peculiar no ar. Não apenas aquele agradável aroma que é causado pela terra molhada durante uma chuva, mas alguma coisa a mais é adicionada no ar toda vez que chove. É como se as flores que ainda vão levar meio ano para desabrochar estivessem mandando uma prévia do show que iriam causar no futuro. Não que eu gostasse muito de andar na rua. Vendo de fora, o complexo parece uma espécie de Pentágono, por mais que a parte interna não tenha 1% do "explêndido" que o Pentágono teria. Ainda assim, o que vale é a noção. Eu tenho a agradecer por meu sobretudo ser impermeável, por mais que a falta de um capuz nessa hora cause alguns problemas pra minha própria imunidade. — Quem quer que seja que tenha inventado a chuva, podia fazer um ela um pouco menos molhada na próxima atualização, concorda? — falei baixo, mais pra mim mesmo do que pra qualquer um dos estranhos ao meu redor. Um relâmpago que apareceu no horizonte pareceu dar uma resposta bem negativa, e eu apenas dei de ombros em resposta. Não esperava que quem quer que seja que é o Developer dessa coisa ouça uma sugestão minha. O Bazaar não era muito longe. Tipo, só uns 2 quilômetros de caminhada pra chegar no mercado municipal, que também é chamado de Bazaar pros que não gostam da palavra "municipal" no local onde vão fazer suas compras mensais. O local era como se fosse um shopping center, só que com muito mais aparência de "plaza" que "center". Basicamente, um ginásio gigantesco que por fora parece realmente um shopping, mas por dentro tem vários níveis diferentes apenas de lojas, e alguns supermercados lá dentro. Viva ao progresso, agora você pode comprar seus tomates e seus sapatos sem andar mais que 2 minutos entre um e outro. Conforme me aproximo da gigantesca mini-metrópole que é tal edifício, com suas inúmeras luzes, logo noto algo de diferente. Tinha um cartaz gigantesco do lado de fora. Não costumam fazer publicidade ali. Parei de andar e dei uma focada no que devia ser um monte de letras. Aparentemente outro torneio. Me pergunto se vai ser de Futebol ou alguma coisa assim. Essa cidade é lotado desses. Supervalorização esportiva, coisa inútil. Adoremos aos puros músculos — menos o cérebro, ele não parece ser um valorizado. — Tsc — voltei a andar — Onde eles vão parar com isso. Por algum motivo meu celular não parava de vibrar no meu bolso direito. Tenho a impressão de que alguém me citou em algum lugar e desde então uma treta de proporções catastróficas começou a se desenrolar nos comentários. Mas não sou louco de sacar ele na chuva. "A chuva deixa o chão escorregadio. Isso é óbvio. Só que ninguém pensa no que isso beneficia, na realidade. Pera, eu não devia estar pensando nisso. Acho que esqueci a lista de compras." Parei na frente da entrada. Quatro pares de portas automáticas aguardam os prováveis compradores de seus itens. Não é a recepção mais calorosa do mundo, mas... É, quem liga pra uma recepção calorosa logo hoje em dia. Não tem necessidade. As pessoas só vem comprar e já saem. Assim que cruzo um dos pares de portas, um ar-condicionado forte acabou atingindo meu cabelo molhado. Eu odeio o progresso. Depois de uma série de tremidas, acabei fungando uma vez e em seguida, a cruzar os corredores, zigue-zagueando entre as inúmeras lojas de diferentes utilidades. Não tenho muito interesse em roupas. Depois de caminhar entre uma semi-multidão de gente cruzando os corredores, parei na frente do meu destino. "O Empório", é o nome do local. Não faz juz ao que existe dentro dele. Bem, basicamente tudo que um Player precisa. Por causa disso, essa loja é obrigada a ficar nos arredores do centro, nunca nas spotlights. Por que? "Players são vagabundos, gente sem coisa pra fazer". E uma "loja para vagabundos" não é algo que eles considerem importante. Abri uma das portas pra entrada, e um som fraco de música eletrônica saltou do ambiente recluso. Eu estou em casa. Abrindo mais a porta, finalmente consegui ver as prateleiras com inúmeros CDs e Pen-Drives expostos. Várias caixas com diferentes Gears, Consoles (Para os mais fracos), esse tipo de coisa. Logo entrei, fechando a porta. O espaço era decentemente grande. 30 metros por 20, todo coberto de itens, além de uma lan-house que consta com 5 computadores. Pera. 5? Me dirigi até o caixa, caminhando através das tábuas que fazem o chão terem esse olhar "medieval" em contraste com o papel de parede que lembra tijolos, pra falar com Vincent, que é o caixa do local. Um cara alto, de terno, mas não muito forte. Normal, pra quem frequenta esse tipo de loja. — Vin, por que trouxeram mais 2 computadores? — logo me escorei na mesa, que era uma mesa comum de trabalho do tipo de escritório, apenas com uma pintura decente. — Ah, você chegou. Você está convocado — Vincent estava olhando pra um papel, com uma caneta nas mãos. "Convocado? Pra seleção dos fracassados?" — O que vocês me meteram em? — olhei pro papel. Tinha 5 nomes, e só faltava 1. — Pro torneio. Você é o 5º do nosso time. |
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Se estiver a fim de que eu dê uma criticada maneira, tem coisas que eu gostaria de apontar e tal que poderiam aumentar a qualidade da história ao seu decorrer porque acredito que há potencial, mas que você peca em detalhes simples Se não quiser levar a história a sério, sei lá, e por consequência não precisar de uma crítica eu fico só lendo aqui no meu cantinho calado |
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Como tu não respondeu e eu tô sem mais nada pra fazer hoje eu vou sugerir as mudanças mesmo assim Meu desgosto por SAO não afeta na crítica, também :T mas PORRA PQ SAO Cara, eu preciso mesmo apontar isso. Sua escrita, de forma estrutural mesmo, em completo englobamento, é confusa. Às vezes não fica claro se você quer seguir uma escrita mais formal ou mais descontraída, se quer fazer alguma mistura de ambas ou se nem sabe que tipo prefere seguir, porque há aspectos de ambos lados em seus textos e isso é confuso. O lado "descontraído" é meio que descontraído demais, sabe? Exemplos: a dit : Ele não sabe a forma que perguntou? A descrição ficou vaga, como eu vou saber o que é perguntar de forma meio... cansada? Foi cansada? Não? Dá pra exemplificar e continuar descontraído. Coisas como "basicamente", "é, acho que sim", "provavelmente" em afirmações feitas pelo próprio protagonista quebram o clima, fazem ele parecer que nem estava lá, onde ele literalmente está narrado onde estava. a dit : Isso podia simplesmente ser "Foram anos jogados fora" ou "Passei anos sofrendo, sem fazer nada". Essa repetição de anos, o uso de "porcaria nenhuma de útil" acaba sendo beem maçante de se ler, fica estranho e forçado. Sei que pode ser que queira passar a personalidade do personagem, mas não precisa ser na narrativa e mesmo que fosse, assim não funciona. Tamanho desnecessário em textos tira a qualidade, fique com isso na cabeça. a dit : Eu tive que perguntar pra uns amigos o que diabos é backing. Nem preciso comentar onde está o erro disso, mas soa preguiçoso não narrar uma ação tão simples só pra usar um termo, e, ainda, entre aspas. a dit : Olhar desgraçado :T O que é um olhar desgraçado? Mano. Podia ser algo tipo "o olhar orgulhoso de sempre" ou até mesmo um "olhar orgulhoso que odeio de sempre" para simbolizar a mesma coisa. Palavras tããão descontraídas como "desgraçado" e posicionadas de uma forma que mais parece que você tá falando do que contando uma história não dá certo, fica muito forçado mesmo. O mesmo vale pra "vocês não tem noção". Inclusive, é importante frisar que você colocou essa parte dando a entender que o Narrador está contando algo para um grupo de pessoas ou explicando uma história. Esse detalhe vai custar outros defeitos no texto. Passando da parte descontraída de forma estranha, vamos à falta de explicação, complementando o comentário que fiz no final do parágrafo acima. Eu, pessoalmente, amo histórias contadas do meio, sem explicar exatamente tudo que havia acontecido antes do livro começar a narrativa. Contudo, isso não funciona com histórias contadas em primeira pessoa, que é o caso do seu texto. Se implicamos que o narrador-protagonista está contando uma história, ele deve explicar as coisas. Como eu sou suposto a entender o que é a festa, a KGB, um Player(imagine que ninguém leu a bio do livro) e MAIS IMPORTANTE o tal torneio do secundo capítulo. Sério, você teve um problema grave no clímax desse segundo episódio, pois não sabemos NADA do que é esse torneio, de sua importância ou coisa do tipo pois você não construiu a tensão necessária ou nos deus informações sobre isso, então o final ficou beem meh, mas com potencial de ser um ótimo clímax, sacas? E falando em problemas com clímax, o mesmo vale pro primeiro capítulo. Novamente falta de explicação. Ninguém faz ideia do que o protagonista vai fazer, e isso também não tem peso psicológico porque não temos noção de quão perigoso isso é, quão são o personagem é(por ser ainda o primeiro capítulo), a gravidade do problema ou o quanto o personagem se preocupa com coisas assim, ou sequer o nível de ameaça que o tal valentão realmente é. Basicamente você tá tentando construir algo que precisa de X informações vitais sem as oferecer antes, que dá errado. Para criar tensão, especialmente no final dos episódios, há toda uma estrutura necessária. Eu recomendaria você dar uma pesquisada em como criar tensão, suspense e criar clímax para mudar isso, não dá muito trabalho e só exige um pouquinho de planejamento mesmo. Tirando isso, só dar uma narrativa mais concreta e direta, evitando adjetivos. Lembre-se: não conte, descreva. Essa dica simples muda completamente a forma de escrever. No mais, tudo OK. Eu só critiquei aqui, mas fiz isso porque acredito que o teu texto tem potencial. A ideia é que ele melhore, assim como você como escritor, sacas? |
Zarphis « Censeur » 1508563860000
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Crítica Foda Thisoverdose a dit : Aí, só pra te aliviar, não é baseado em SAO. Na real, SAO é o que menos tem influência dentro dessa fic, jogos com base em um dispositivo que pega comandos diretamente dos nervos de uma pessoa não é exatamente algo apenas de SAO (Além de ser a única coisa). Quanto ao resto, essa fic não é suposta a ser sério. Eu deixo muita coisa no ar e fico falando assim nas entrelinhas porque todo capítulo eu testo alguma coisa diferente e vejo como ficou no final. A ideia não é fazer algo bem-escrito, bem-desenvolvido, esse tipo de coisa. Por exemplo, omissão de informação, isso é intencional, porque o capítulo 3 explicaria o capítulo 2 e o capítulo 5 ia pegar as pontas que foram deixadas no ar no capítulo 1. É tudo intencional de alguma forma, e é tudo um teste, cada um de uma forma diferente, pra ver como em um todo isso vai ir se formando conforme o tempo. Eu agradeço tua crítica, tal, mas essa história não é suposta a ser algo sério/foda. Tu sabe que eu podia fazer algo muito melhor se eu realmente quisesse. É tudo um experimento, simples assim. Eu sei como funciona a estrutura de um capítulo para um livro, esse tipo de coisa, que flashbacks pra explicar coisas também servem (Ou meras explicações entre parênteses também tão aí pra ajudar), mas tipo, não é isso que eu tô procurando. Eu tô basicamente quebrando todos os padrões de capítulo pra ver o que vai ocorrer no final, de uma forma geral, pra ver como os capítulos interagem entre si e como a linguagem "semi-formal forçada pro informal" fica no final. Mas é, tem coisas que não são intencionais e de hábito mesmo, como repetições, exatamente como você citou. Esse tipo de coisa sim eu tenho que prestar extrema atenção pra evitar. Fora isso, o resto da crítica é respondida pelos comentários anteriores. Eu tô testando um molde diferente. Mas wow, valeu pelo tempo gasto. Valeu mesmo. |
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Era por imaginar algo assim que eu tinha perguntado antes Como eu disse, eu realmente tava sem nada pra fazer (é bem comum), então não me custou nada escrever, np |