[Fanfic] Star Wars: Great Galactic War |
Diogodosnove « Citoyen » 1515087360000
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Belland, capital de Alsa Prime, antes do ataque Sith. Prefácio: A história se passa mais de três mil anos antes de Luke Skywalker explodir a estrela da morte. Para os não conhecedores de Star Wars: A Velha República ou Star Wars: Legends, a história pode estar mesmo fora de curso. Principalmente se a pessoa apenas assiste aos filmes e aos seriados animados. Contudo é bom ressaltar que existia uma galáxia recheada de personagens e várias história s de guerras e conquistas no universo de Star Wars. A origem dos Jedi, dos Sith, a expansão pelo hiperespaço, que levou a Guerra do Hiperespaço, são grandes extensões do universo. A franquia de jogos eletrônicos explora os personagens da velha República de uma maneira incrível, que eu espero chegar perto nesta obra. A ideia desta história em questão nasceu após assistir Rogue One (Talvez percebam a semelhança da logo da fanfic com a do filme). Gostaria de ter explorado personagens como Darth Malgus, o qual eu admiro demasiadamente, mas falta de informações e falta de espaço na trama impediram essa realização. Gostaria de encaixar o leitor em um tempo específico, mas isso é muito difícil de levar em consideração. A história de Mia e Oliver se dá espaço antes do Saque de Coruscant, quando Darth Malgus destruiu todo o templo Jedi com um exercício Sith. (Seria legal pensar que Mia estava ali naquele exército). Great Galactic War é apenas um conto no meio da imensidão do universo. Dividido em três partes, início, meio e fim. Espero que apreciem a história, assim como eu, fã da saga, apreciei moldá-la. Capítulo 1 – Olhos Doentes e Olhos De Esmeralda Alsa Prime durante o ataque Sith. Uma batalha aterrorizava a capital do planeta Alsa Prime. A fumaça negra e apocalíptica sobrevoava e adentrava o interior da cidade de Belland. Raios de laser cruzavam os céus com uma velocidade divina. O conflito temível e árduo entre a República Galáctica e o Império Sith arrastava-se pelas ruas da cidadela, levando aos escombros as maravilhas arquiteturais. Eram prédios colossais, feitos de um metal reluzente como a própria luz solar. Tal brilho era apagado conforme a fumaça negra de destruição avançava pelas ruas rachadas e quebradiças. O notório monumento da República, o que até então era o mais alto e mais destacado de toda a polis, poderia ser visto pelo menos há quilômetros caindo aos melancólicos pedaços. Rochas e metais se contrastavam em seu declínio enquanto sua base fora tomada por chamas demoníacas. Obviamente que era uma devastação igual para todas as outras construções, contudo os membros do Império Sith sentiam um prazer a mais derrotando um monumento da República. O gozo por tal ato era sobressaído apenas pela morte de um Jedi ou pela queda de um mesmo. As naves Imperiais e Republicanas se cruzavam no céu de Alsa Prime e faziam um mortal espetáculo aéreo. Eram como cometas em velocidades luminosas e em um som agonizante. Pilotos atiravam raivosamente uns contra os outros, cada um de seu lado da batalha, cada um com seu propósito. Uma guerra apenas tem sentido quando os dois lados imaginam estar corretos. O equilíbrio na força fora perdido e precisava ser estruturado, assim como na própria galáxia. Os Sith pensavam que o equilíbrio seria apenas obtido quando os Jedi fossem aniquilados e, por outra mão, A República apenas queria seu território reanexado. Republicanos não se importavam verdadeiramente com os Jedi e sua religião, apenas usavam o poderio militar deles contra o Império. Uma ajuda bélica bem vinda, em tempos bárbaros. Marchas Imperiais eram ouvidas como um sinal devastador de morte pelos moradores de Belland. Aqueles que se escondiam nas ruas eram cercados aos lados pela batalha terrestre e encima pelos caças que disparavam incansavelmente. Erguendo-se além dos caças existia um grande cruzador imperial pairando pela cidade. Tal gigantesca arma era usada pelo Império Sith para navegar pelo seu oceano sombrio de estrelas caídas. Uma nave Republicana perdeu o controle chocando-se contra um prédio metálico na periferia da cidadela. Os soldados do Império Sith logo perceberam que a máquina estava recheada de homens do lado inimigo e marcharam, com seus passos tenebrosos, em direção ao local da queda. Os civis eram centenas e corriam na direção contrária, impedindo a passagem da tropa imperialista. Os soldados do lado negro não hesitaram em atirar nos inocentes , humanoides, que caíram aos montes. Do outro lado da barreira dos civis estavam os Republicanos que sobreviveram a queda da nave. Eles saiam atirando arduamente contra todos que estavam presentes, os Imperialistas eram de excelente maioria naquela batalha em questão. — Filha, pegue minha mão! — O pai de Mia segurava fortemente a filha pelo braço, e arrastava-a, enquanto eles caminhavam cabisbaixos entre os civis. Com a outra mão a garota segurava o braço de Oliver, seu único confidente. Oliver por outra vez não segurava o braço de ninguém. O garoto vivia ali naquele bairro, que agora estava sendo reduzido a chamas pelos tiros de Blasters. Uma vez que sua amada casa foi interceptada por um míssil imperial, ele percebeu que a única coisa que restou foi a lembrança de sua família. Agora ele não tinha mais casa, nem bairro, nem parentes. Ao olhar para frente ele poderia ver apenas Mia o encarando, para assegurar-se de que ele ainda estava vivo e a seguia. Ela era a única pessoa que preocupava-se com ele agora, ela era a única que poderia acompanhá-lo para fora daquele inferno. As pessoas começaram a cair, sendo feridas por tiros a laser. Mais mortal que estar no meio de uma guerra, é estar no meio dum tiroteio entre Republicanos e Imperiais. Oliver segurava com extrema força os delicados dedos de Mia, mas isso não foi o suficiente quando um homem caiu morto entre os braços dos dois adolescentes, separando-os na multidão ofegante. — NÃO! — A sútil voz da garota foi disparada através da multidão, contudo seu pai continuava a seguir em frente para fugir do conflito. Ela usou sua pequena força para interceptar o avanço de seu pai, e fazê-lo voltar para resgatarem Oliver. O Pai da adolescente olhou para trás para enxergar sua primogênita às lágrimas enquanto lutava para voltar para o amontoado de civis. Oliver foi arrastado para longe muito rapidamente, ele seguiu as pessoas ao seu redor para evitar ser pisoteado. Viu homens desarmados caindo mortos por tiros dos dois lados do conflito. Sentiu-se sortudo por ser pequeno naquele instante, pois assim usava as pessoas como um escudo natural para fora do local. Mia gritou o nome de seu confidente uma última vez para, logo após, sentir o corpo pesado de seu pai cair sobre suas costas. O homem fora atingido por um tiro de blaster. Republicanos? Imperialistas? Não se poderia saber quem atirou, apenas sabia-se que o homem agonizou de dor, sem conseguir falar, encarando sua filha. A garota chorava enquanto abraçava o pai a beira da morte. Os dois encostavam seus ombros e suas costas no chão frio cheio de sangue. Ele avisou-a que amava antes de sentir o seu coração ficar mudo. Mia encostou seus lábios finos na testa de seu falecido pai. Enquanto seus rostos se encostavam as lágrimas dolorosas que saiam de seu rosto caíram na superfície da face paterna. Ela respirou bravamente e tomou forças para erguer-se e ir atrás de Oliver quando sentiu um peso ccontrário em suas costas. O corpo de algum outro homem aleatório caíra sobre sua frágil carcaça adolescente, logo vários outros tropeçaram e foram atingidos por Blasters. Os corpos fedorentos se aglomeraram rapidamente um sobre o outro, soterrando Mia em um conjunto de pessoas mortas. Ficou tudo escuro enquanto gritos de agonia entravam nos ouvidos da jovem. Viu todos os homens morrendo vagarosamente, sangrando até não aguentarem mais. Um por um. Ela apenas se calou e aguardou o conflito do lado de fora se acalmar. Incapacitada de sair dali, pelo enorme peso que os corpos obtinham, imaginou-se em uma caverna da morte, na qual o silêncio reinava. Não haviam tiros laser no seu recanto mortífero, não haviam pessoas gritando na caverna e nem prédios sendo destruídos. O som da guerra fora, de repente, abafado. Concluiu que iria descansar confortavelmente em sua caverna fictícia para quando a confusão do lado de fora acabasse. Ela queria chamar Oliver para seu recanto sombrio de quietude, contudo isto era difícil de cumprir. Focou bons pensamentos para que ele ficasse vivo e eles se reencontrassem. Logo ela adormeceu lindamente, encostando sua cabecinha no corpo de seu amado pai. O zumbido dos caças não poderia ser ouvido de onde Oliver estava. Era uma rua intacta, sem nenhum soldado e nenhum conflito. A calmaria ali era tão intensa que o jovem poderia ouvir seus batimentos cardíacos e prestar atenção em sua respiração. Não tinha ideia alguma de como foi parar ali, foi arrastado pelas pessoas amedrontadas. Só sabia disso. O chão da rua era feito de rochas limpas e bem antigas, poderiam datar milhares de anos. Belland era uma cidade milenar e suas construções benevolentes, que estavam sendo vandalizadas, eram igualmente antigas. Cabisbaixo o garoto caminhou lentamente e procurava se esconder em um beco. Assim os Imperialistas não achariam o adolescente e ele estaria a salvo de um tiroteio. Após alguns minutos caminhando pelos prédios daquela região ele se hipnotizou pelos seus próprios passos, esqueceu a existência de alguma batalha ao arredores. Não havia som de tiro nenhum, não havia batalha alguma acontecendo ali. Parecia que aquela rua foi poupada da brutalidade da guerra. Enquanto estava hipnotizado pelo seu andar e pela sua respiração, Oliver ouviu uma voz. Era a voz doce de uma mulher madura, que ecoava três vezes em sua cabeça. “Venha. Venha. Venha.” Ao olhar na direção da voz visualizou um beco ordinário. Com algumas latas de lixo eletrônico e paredes de metal reluzente. Ele se sentou gentilmente ao lado da lixeira, a qual aparentemente estava chamando o jovem garoto. Que tolice de Oliver, pensar que uma Lixeira o chamava. Conferiu o interior metálico do recipiente de lixo e não havia ninguém ali dentro. Nenhum sinal de vida inteligente no latão, apenas pedaços de Droides e eletrônicos. Pensou que foi coisa de sua cabeça. Seu pensamento fora interrompido quando um zumbido tomou conta do local. Ele olhou para cima desesperado, prestes a correr quando viu um cargueiro republicano cruzando o céu entre os prédios. Do cargueiro caiu um artefato, o objeto voou metros até cair intacto ao lado de Oliver. Era um sabre de luz. Passos distantes eram ouvidos. A respiração estava difícil de ser realizada, sentia seus pulmões pedindo ar, mas não encontrava oxigênio o suficiente ao seu redor. Mia estava prestes a morrer quando os corpos que a cercavam foram arrastados permitindo, assim, a entrada de luz solar. A garota não enxergava nada corretamente, pois suas pupilas estavam enormes e seu cérebro não podia entender a luz que captava. Porém segundos após ser resgatada suas pupilas voltaram ao tamanho normal, permitindo uma visão completa do que a cercava. Primeiramente o que a jovem viu foi uma planície eternal, onde uma vez fora sua cidade natal. As colossais construções que ali se erguiam, agora davam lugar a pedaços de rochas secos e fumaça preta trevosa. — O que aconteceu?— Sussurrou encarando a devastação que se estendia para todas as direções. Ela estava assustada com a cena, porém não era surpresa que sua cidade seria destruída no conflito. — A Guerra aconteceu, minha criança. — Uma voz seca e débil de um homem veio de suas costas. Ao dar uma olhada no dono de tal notável cordas vocais, Mia se deparou com um humanoide de pele vermelha como sangue. Seus chifres diabólicos eram de um branco divino e se alojavam no todo de seu crânio. Os olhos eram amarelos como uma doença e seu sorriso angelical era rodeado por presas vermelhas. Mia encarou o senhor por alguns segundos. — O Senhorio me resgatou? — Ingenuidade saía da voz da garota. — Sim. Você me chamou enquanto dormia. — Mas eu não te conheço, senhor. O sorriso branco do Alien Vermelho se estendeu de chifre a chifre. O ser era o proprietário de um carisma sedutor. Com a observação de Mia, ele se ajoelhou para ficar da altura da garota. Seu traje só não era mais negro que a fumaça que saia das ruínas da cidade. O couro preto era reluzente em algumas partes, mas não refletia a luz solar. O couro de suas vestimentas apenas refletia a luz das chamas que ardiam pela cidadela. Sua cintura era cercada por um cinto metálico, este sim refletia luz solar. Era um brilho intenso que cansavam a vista se encarar por muito tempo. Ao lado direito do cinto brilhoso, acomodado em um gancho, repousava um sabre de luz. — Meu nome é Keanu. Darth Keanu. E você não me chamou voluntariamente. A força nos conectou enquanto você repousava. Me indicou onde você estava para salvá-la. — Força? Que tipo de força? — Dê-me a mão criança, e eu irei lhe explicar tudo que há para explicar. — Darth Keanu estende sua mão de pele vermelha sanguínea para Mia. A garota encara a mão grudenta do Alien enquanto sangue escuro cobria seu macio rosto. O sangue não era dela e sim dos civis que a soterraram durante a batalha. A luta acabou em Alsa Prime com uma vitória do Imperio Sith. A Guerra Fria fora quebrada fazia alguns anos, agora os dois lados, Jedi e Sith, estão na sua mortífera disputa. A Guerra apenas acabaria com a extinção de um dos lados. Uma solução eficaz e rápida era impossível de ser encontrada. Até o momento existiam milhares de Jedi e Sith espalhados pela galáxia. Os Cavaleiros da Justiça usavam a força para apoiar a República enquanto os Colaboradores do Lado Sombrio apenas queriam enriquecer deu próprio Império. As turbinas do cargueiro eram enormes e seu, igualmente enorme, barulho de trovão tirava o sono do garoto Oliver. Tal sono que era difícil de se obter após o fim apocalíptico que Belland teve. A Batalha na capital foi perdida, assim como em outros pontos do planeta. As tropas Republicanas foram ordenadas a se retirarem do planeta, agora anexado ao Império Sith. Os civis sobreviventes que conseguiram escapar estavam em enormes cargueiros, juntos aos membros da República que batalharam. Era naves com dezenas de metros de extensão, criadas especificamente para transportar refugiados de guerra. Seu design era antigo e decaído, tais naves não eram sinônimo de conforto com suas poltronas metálicas congelantes. Ser capturado pela escória Sith significaria trabalho árduo e sofrimento para os Alsa Primianos para o resto da vida. Então passar algum tempo em uma poltrona fria não parecia ser algo ruim para Oliver. Alsa Prime defendeu a República, isso foi uma afronta ao imperador quem sempre teve ambições de ter o planeta em seu território. O sistema solar de Alsa fica bem na fronteira interestelar da galáxia, de um lado do mar Galáctico estava os Imperadores Sith e do outro os políticos de Coruscant. Agora sem planeta para morar, o garoto refugiado embarca em um dos cargueiros Republicanos. Encostava seus joelhos no piso friento e sujo para poder observar pelas pequenas janelas da nave as florestas verdes vivas que rodeavam Belland. A inocente vegetação foi poupada da brutalidade que ocorria. Sua observação e admiração foi interrompida com uma mão em seu ombro. Uma mão seca que repousou repentinamente. Ao olhar o dono de tal gesto amigável o garoto se encontrou nos olhos pesados de um homem adulto. Eram olhos tão esverdeados que pareciam estar refletindo a floresta de Belland. Ao abrir um sorriso expandiu sua barba loira e mal aparada por toda sua face e se dispôs a falar: — Acredito que você tem algo que é meu. — Disse o Mestre Jedi Ryan Cooper. Oliver olhou para o senhorio por alguns segundos, nunca viu tal figura antes. Logo percebeu do que ele falava, afinal o jovem não tinha nada em sua posse a não ser o... — Sabre de luz? — Oliver indagou retirando o objeto de seu casaco todo imundo. Era um sabre de luz verde que tinha um design antiquado. Ao colocar seus olhos de esmeralda no artefato Mestre Ryan ergueu sua mão até a altura do ombro e, em um piscar de olhos, a arma levitou pelo ar colidindo com sua mão. Guardou a o sabre luminoso em seu cinto e viu que Oliver se hipnotizara, novamente, com a demonstração de poder do Mestre Jedi: — Me diga, garoto. Qual o seu nome? Luas de Alsa Prime vistas da floresta Capítulo 2 – Prodígios Naves Imperiais entrando na órbita de Korriban, planeta natal dos Sith. O oceano estrelar infinito foi rasgado por um cruzador do Império. Era a apoteose das naves, imensa, barulhenta, nadava pelo hiperespaço carregando seus soldados e membros do Império. A nave seguia sua trajetória para Korriban, a capital daqueles que seguiam a escuridão do lado sombrio. Enquanto o gigantesco cruzador entra na atmosfera mórbida do planeta é possível analisá-lo. A visão aérea revela montanhas monstruosas com quilômetros de altura, conforme o cruzador surfa pelo ar fino e rarefeito do planeta os leitos de rios mortos são revelados. Agoniados de sede, foram secos na paisagem débil do planeta. A poeira é afastada ligeiramente enquanto o cruzador voa em altura mínima, se aproximando da superfície terrestre. Ruínas e marcas das tribos que viviam naquele planeta milênios atrás são revelados. Túmulos apodrecidos no tempo e estátuas quebradiças enfeitam o horizonte enevoado e empoeirado. Uma pista de pouso de metal, seguida por uma trilha que levava a uma cidade, revela a existência de vida inteligente. A cidade era um contraste em relação ao deserto. Futurística e tecnológica, recheada de vida ardente e de felicidade. Água fresca corria por todos os locais em pequenos rios artificiais. O cruzador abre suas portas e destrava seus escudos laser, dando passagem a uma enorme tropa do Império Sith. Eram soldados marchando em fileiras a pé, naves, andadores e veículos curiosos com rodas saindo; todos ao mesmo tempo. Contava-se milhares. Um cruzador deste porte poderia carregar toda uma cidade, eram quase dez quilômetros de extensão para todos os lados. Olhando a colossal máquina de guerra mais de perto é possível notar uma figura feminina saindo da comporta principal, liderando um esquadrão de soldados. Seu traje preto, e seu sabre de luz radiante exposto, não deixavam dúvidas de que era uma usuária do lado sombrio. Mia foi resgatada, em Belland, e treinada por Darth Keanu. Agora ela é uma das prodígio discípulas do lado negro e servia ao Imperador Sith com devoto amor. Seu caminhar confidente e elegante eram uma combinação linda com seu rosto sério e sua trança de cabelo. A trança foi feita por ela mesma e se estendia até os seios, os quais eram cortados por uma alça de couro marrom. Se seguisse o caminho de tal apetrecho, veria que no final da alça, tinha um sabre de metal que dividia espaço com o sabre de luz. Sabres de metais foram usados por Jedis antes da tecnologia dos cristais energizar os sabres a laser. Mia carregava o artefato como uma segunda arma e um troféu de uma de suas primeiras missões, quando profanou um antigo templo Jedi em algum planeta desconhecido. Os olhos da, agora mulher, eram amarelos doentes iguais ao de seu mestre. Uma maquiagem negra os cercava como um sinal tribal. Seu olhar se encontrou com o de Darth Keanu ao sair do cruzador. O homem estava envelhecido e andava corcunda, mas seus conhecimentos na força eram mais refinados do que jamais foram. A aprendiz saudou seu mestre. Darth Keanu foi a figura paterna que Mia teve após a morte de seu pai biológico. Ela não comparava os dois, mas era grata pelos ensinamentos de seu mestre. — Vitoriosa você retorna, minha aprendiz. — A voz do homem, que era sedutora e grossa, agora divide espaço com uma rouquidão pesada. Tais características são aquisições de sua idade avançada. Darth Keanu era um dos poucos remanescente da raça original dos Sith. Uma raça tribal e violenta sanguinária que foi dominada por Jedi caídos. Os Jedi renegados se estabeleceram em Korriban e criaram a filosofia e os moldes do Lado Sombrio. Com o passar dos anos humanos e Siths passaram a conviver igualmente e a pregar o dogma do Lado Sombrio pela galáxia. — Sim meu mestre. Dominamos a última lua de Azur, anexando mais um sistema a nosso Império. — Apesar de ter envelhecido, os lábios de Mia ainda continuavam finos. Suas mãos delicadas e frágeis ajustaram fios de cabelo rebeldes que saiam de sua trança rústica. O horizonte fantasmagórico e desértico atrás da moça foi tomado por mais cruzadores que chegavam das aventuras estrelares. Todos se reuniam na capital do império para comemorar mais uma vitória sobre os republicanos. — O Imperador deseja ver todos os aprendizes. Após iremos continuar seu treinamento com os livros da antiga tumba. — Darth Keanu mancou repentinamente. Era apenas mais uma cicatriz profunda que se alojou em seu joelho. Um corte de sabre de luz Jedi tirou a mobilidade total do ancião Sith anos atrás na batalha de Belland, em Alsa Prime. “Túmulos apodrecidos no tempo e estátuas quebradiças enfeitam o horizonte enevoado e empoeirado.” Era uma cabine toda branca como a neve polar e quente como o coração do inferno. Gotas de suor deslizavam do rosto oleoso de Oliver. O quarto branco tinha uma janela de vidro, onde Mestres Jedi observavam o Padawan. Entre os mestres estava Ryan Cooper com seus olhos esmeralda refletindo a imagem de Oliver. O aprendiz de Jedi estava sozinho na câmara infernal, de olhos fechados ele meditava e levitava a centímetros do chão. Havia uma pequena trança que saia de seu cabelo todo raspado e deslizava até seu ombro. O cabelo raspado estava todo suado e brilhoso. O rosto do homem ficou mais quadrado e com marcas mais gritantes com o passar dos anos. Sobrancelhas mal aparada dividiam espaço com linhas de preocupação na testa. Seu queixo não era mais fino como de um garoto, mas sim quadrado como de um adulto. O traje Padawan deixava ressaltar seu selvagem porte físico, agregado a treinamento rígido diário. A temperatura do local parecia apenas aumentar enquanto Oliver se concentrava em seus pensamentos mais profundos e silenciosos. Um crack foi visto rachando parte do vidro da sala. — É o suficiente. — Ryan virou-se para um alienígena humanoide de pele rosa que estava ao seu lado e ordenou-o entrar na câmara. O Jedi rosa, de nome Caster, o faz como ordenado e entra por uma porta invisível, que era anexada na parede branca. Se ele não tivesse passado por ali não se saberia da existência da porta. Graciosamente Oliver abre os olhos e para de levitar, colocando de se pé. Prepara-se em uma posição de batalha enquanto estende a mão para pegar um sabre de madeira caído no chão. O sabre rasga ar denso da câmara e para na mão do Padawan. Sua mão esquerda acompanha sua perna canhota e firmemente segura o sabre de madeira. A arma graciosamente roda entre os dedos do aprendiz, como se fosse um dom natural. O inimigo rosa faz o mesmo. Caster era dono de uma pele de pigmentação tão expressiva que cegou Oliver por alguns instantes. Mas a rositude do rival foi controlada com a força e um fechar de olhos. — Vai mesmo lutar de olhos fechados? — Sua cor, meu caro amigo, em contraste com esse branco extremo distraí-me de meus pensamentos. — O Jedi Rosa ri brevemente do comentário de Oliver. Não era a primeira vez que o Padawan faz piada da cor de Caster. Uma piada de raça, mas nada ofensiva. Oliver sabia que seria uma batalha difícil, pois seu oponente era um dos Padawans mais habilidoso da academia. Além da força planetária ele obtinha uma velocidade luminosa. O garoto imaginava que logo iria se arrepender de suas piadas racistas. O oponente dono da rositude neon se aproximou com um passo apenas, desferindo um golpe certeiro contra Oliver que estava de olhos fechados e imóvel. O golpe de sabre de madeira estava a centímetros de acertar o garoto quando ele simplesmente caminhou e moveu seu ombro para frente, saindo do alcance da arma inimiga. Durante o percurso de dar um passo a frente, ele facilmente alojou seu sabre de luz fazendo força contra o abdômen de seu inimigo. Foi um golpe mágico e certeiro, imobilizando os órgãos internos do inimigo. Caster caiu em estado fetal no chão. Oliver abriu os olhos e coçou a barba (Algo que o incomodava à horas, mas não podia coçar pois estava meditando fazia horas). — Desculpe se eu acertei com força demais. — Oliver estende a mão amigavelmente e gargalha. — FORÇA demais, entendeu? — Riu mais ainda enquanto ajudava seu amigo a levantar-se. — Você é um bastardo sortudo. — O Alien rosa caminhou para fora da câmara com a ajuda de seu amigo. “Prepara-se em uma posição de batalha enquanto estende a mão para pegar um sabre de madeira caído no chão.” Ao sair da sala de treinamento se encontrou com seu Mestre Ryan e seguiram juntos o resto do corredor. Um corredor que, diferente da sala, estava em uma temperatura ambiente florestal. O ar era limpo e alegre de se respirar. Enquanto as paredes eram de um metal azulado e bem acabado, evitando oxidação. — A força se manifesta por todos os seus sentidos, proporcionando-lhe uma habilidade diferente em batalha. Não só em batalha, mas também um entendimento abrangente de toda a própria existência. Oliver estava a anos treinando com seu Mestre e seus ensinamentos foram-lhe de utilidade grandiosa. Contudo um dia o próprio Oliver deveria ser Mestre e abandonar Ryan para seguir seu próprio caminho como Cavaleiro Jedi. Porém não imaginava que esse dia chegaria tão cedo. — Corte está trança. Você não é mais Padawan. — Mestre Ryan disse. Caso resolve-se gritar no salão imperial, sua voz levaria algum bom tempo para chegar até as paredes finais da arquitetura. E se esperasse mais um tempo, poderia ouvir o eco de sua voz chicotear de volta para os seus ouvidos. Era uma divina sala, com pilares de dezenas de metros e, em algumas partes, enfeitadas com rochas antigas moribundas. O salão era tão vazio quanto o vácuo espacial e tão assustador como a morte em pessoa. Além dos pilares existia o trono do Imperador em seu bem excelente fim. Um trono feito de rochas Korribanianas em sua base e metal azul brilhante em seu topo. Estendido encima do trono estava a raivosa bandeira do Império Sith, a qual todos se orgulhavam bastante. O imperador sentava-se em seu trono da dor. O título de Jen'hari, na língua materna Sith, era dado aos líderes Sith e portadores do lado Sombrio. Lordes do ódio e do inferno negro. Era um membro da raça Sith original, assim como Darth Keanu. Entretanto, diferentemente do Mestre de Mia, O imperador Sombrio era dono de uma aparência juvenil vívida. Sua pele vermelha era radiante e seus olhos eram pesados. Um olhar sério que não o deixava passar desperdício nem ser entendido de maneira errônea. Seus chifres e presas eram pontudos e seu sorriso branco como nuvens em um dia ensolarado. Seu traje negro, um vestido de pano preto com uma faixa marrom, exibiam um corpo grandioso e forte. Um inimigo Sith perigoso aqueles que atrevessem a enfrentá-lo. Pelo Salão estavam todos os Capitães e Generais da frota imperial, em sua maioria eram usuários do lado negro. Todos comemoravam arduamente e riam pelos cantos. Membro de diversas raças curiosas, diferentes em todas as percepções anatômicas. A maioria ali eram, de fato, Siths e Humanos. Um Sith e uma humana entraram no salão, Keanu e Mia. A garota chegava Vitoriosa de sua cruzada estrelar. Mal sabia o que lhe estava prestes a acontecer. Enquanto os dois caminhavam pelas pessoas, e as cumprimentavam, Jen'hari chamou a humana para sua proximidade. Quando a bela Mia deu seus lentos passos para perto de seu amado imperador, encarou os olhos sedutores do Lorde. Sua percepção foi interrompida quando viu o sorrio paradisíaco da morte de seu Líder, expressar palavras para ela: — Você fez bem em sua cruzada até as luas da orla interior, aprendiz. — Jen’hari repousava seus grandiosos braços no pequeno trono Sith e tentava acomodar suas costas na metal incomodante. — Apenas o melhor para meu povo é meu Império, meu Jen’hari. — Abaixou sua cabeça enquanto falava para demonstrar respeito. Durante o percurso sua trança caiu de seus ombros e ficou a deriva em seu torso. Agora era possível ver que os lados do cabelo da garota estavam raspados e que o topo, a única parte longa, se estendia para formar sua enorme e charmosa trança marrom. — Provando de sua fidelidade com o Lado Sombrio, você não só comandou as tropas para a batalha como teve o menor índice de baixas desde o início da guerra. De fato seus conhecimentos em estratégia bélica são expressivos. — O imperador se curva, aproximando seu rosto da jovem. Na realidade era o trono quem incomodava suas costas. — Sua fama acaba lhe precedendo. Creio que se sinta orgulhosa. — A força é meu dom, que me guia em minhas batalhas. — As narinas de Mia se irritaram com o cheiro de Jen'hari. Era um perfume tão gracioso quanto um campo natural florido de rosas. Esta era a percepção para um Sith. Se fosse um Cavaleiro da Luz ali naquela ocasião, teria sentido o fedor de esterco do próprio diabo. — Você foi treinada bem. Darth Keanu foi um professor transcendente, não foi? — O melhor que eu poderia ter, salvou minha vida. — Mordeu os lábios finos de nervosismo, ela não entendi para onde aquela conversa se caminharia. — Mia Harrison, coordenou bravamente as tropas. Mesmo que tenha sido temporário, creio que você em situação de aprendiz não pode e não deve ser líder de nenhuma de nossas armas. É uma afronta a hierarquia. — O Imperador repouso a mão em seu queixo. Mia expandiu seus gigantes olhos ciliados e abaixou suas rasas sobrancelhas. Ouvia a crítica de seu comandante com um aperto sufocante no coração e uma trava na garganta. — É por isso... — Jen’hari continuou. — Que quero que você seja, não só mestra, mas também Capitã de todos os Esquadrões. Em breve. |
Mrwhat « Citoyen » 1515112920000
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Uma verdadeira masterpiece |