— Quanto menos inúteis no mundo, melhor.

— Oi, quem é você mesmo?

— Não me desvalorize, pirralho.

— Você é doente, seu psicopata.

Pedi um sorvete de chocolate, e assim que o recebi, sentei em um banquinho da praça. Aproveitei para cronometrar o horário, já que não queria perder a chance de realizar as coisas que havia planejado. Sem ter muito o que fazer, mandei uma mensagem para a garota da cafeteria: "Oi, está tudo bem aí?", tentando mostrar minha preocupação já que a mesma saiu às pressas mais cedo e nem conversamos direito. Talvez eu esteja sendo muito intrometida, ou puxa-saco.

— Sou perfeitamente normal. Ou quase.

— Sequestrar uma pessoa e definir que ela merece ser morta por isso. Uma mente bem sadia.

Acordei, fui para cozinha comer algo.

— Você acha?
— No caso, eu também só me importaria em dinheiro.

— isso NÃO É NORMAL.

— Claro que é.
— Bom, no meu ciclo social...

Sentei em um banco aleatório do parque, deixando minha bicicleta ao lado.
Liguei o celular. Uma mensagem.
"Oi, está tudo bem aí?"
O número era desconhecido, porém reconheci a pessoa pela foto.
"Oi. Está sim. Acabei que nem fui á confeitaria. Minha amiga contratou garçonetes para fazer o serviço hoje. Vou lá como convidada, se quiser ir também, será bem vinda. Fecha em meia hora." respondi

Senti uma vibração no meu bolso, então me deparei com uma notificação da mensagem de Ryuko-on. Olhei para os lados, pois tinha vergonha de mandar mensagem com alguém passando atrás e podendo olhar para o que estava escrevendo. Acabei avistando a menina em outro banco, e corri para lá, tentando não derrubar o sorvete. Cheguei perto sem ela perceber.

Desliguei o celular e o guardei no.bolso. Fiquei admirando o nada

Sorri e dei um sustinho nela por trás. Ri.
— Eu juro que não tô te seguindo. — falei apoiando minhas mãos no banco.

Ele deu um passo pra trás.
— ...Com quem você anda?

Soltei um gritinho não muito exagerado.
— Que susto! Eu sou muito medrosa! — coloquei as mãos no rosto, com vergonha

Continuei rindo e sentei ao lado dela.
— Seu gritinho é fofo. — dei uma gargalhada e pus minhas mãos na minha barriga, enquanto me inclinava para frente e para trás.

Sorriu, andando para perto dele.
— Agora que você ficou interessado?

— S-s-s-sai.