— Sim, por favor. O vermelho.

— Okay. — levantei da mesa e me aproximei lentamente da vitrine. Meu Deus, tinha tanta coisa que me fazia ficar com água na boca. Escolhi aquele doce que chamou minha atenção antes, e com vergonha pedi para uma moça pegar um para Ryuko-on e um para mim.

Aproveitei sua saída para observa-la. Era bem bonita, por sinal.
—Mel, pode pedir o que quiser. É por conta da casa — falei alto o bastante para que ela escutasse. Sorri

Escutei o que ela disse, e corei. Ninguém nunca me chamava de Mel. Voltei meus olhos para a vitrine com os dois docinhos nas mãos, e resolvi não levar mais nada.
— Você quer mais algum docinho? — me aproximei da mesa em que ela estava sentada.

—Ah, por enquanto, não. Eu vou pedir um suco ou algo assim. Você quer? — Voltei a folhear o cardápio, enquanto enchia a boca de ar

— Pode ser, principalmente se for de morango — dei um risinho. — Aliás, o seu ma-macaron. — tentei pronunciar.

— Macaron! — Disse em meio a alguns risinhos. Aquilo era muito fofo.
Chamei a garçonete pelo nome, e ela veio até a mesa. Pedi ambos os sucos.
— Uh, espero que esteja gostoso. — Me referia ao Macaron

Corei por ter pronunciado errado.
— Acho que está. Deixa eu ver. — me ajeitei na cadeira e fingi que era uma jurada de um programa gastronômico. Experimentei o doce, e após algumas mastigadas, tentei descrever o sabor delicioso e ao mesmo tempo curioso na minha cabeça. — Nossa... experimenta.

— Eu como isso todo dia. Mas ainda é um dos meu preferidos. — Peguei o meu e dei uma mordida. — Ah, sempre fica doce demais. Um dia eu acerto a receita

— Você quem fez? — sorri enquanto dava mais uma mordida. — tá muito bom.

— E-eu que fiz. E obrigada. — Sorri enquanto fitava seus olhos

— De nada. — fitei seus olhos também. Desmanchei meu sorriso, ficando sem graça. Dei uma última mordida no doce.

A garçonete se aproximou com os sucos. Peguei-os e comecei a tomar o meu, sem deixar de olha-la

Peguei o meu suco, e o tomei desviando o olhar para observar a confeitaria com muito esforço. Estava muito envergonhada, mas também não cansava de olhar a outra.

Terminei rapidamente o suco, sem deixar de olha-la. Comecei a aproximar minhas Mãos as suas

Corei nervosa, e fiquei extremamente parecida com um pimentão de tão vermelha que estava. Era constrangedor. Terminei meu suco aos poucos e deitei minha cabeça na mesa, apoiada com os meus braços. Era impossível não olhar para a garota.