Ao entrar no cômodo, fez suas necessidades básicas para iniciar um dia. Urinar, no caso. Não ia ter que se dar o luxo de tirar as calças, já estava sem elas mesmo.

Saio de casa pegando um cigarro e ascendendo, chupando e soltando.
- O famoso gostinho do tabaco.. - Fui andando pelas ruas até que um estabelecimento de filmes, resolvi dar uma olhada.

Olho para cima ao perceber uma movimentação e percebo que um homem suspeito está próximo de mim.

Pagou a passagem e passou pela catraca. Ele odiava o metrô — tanta gente suando, falando, fedendo e simplesmente ocupando espaço — mas reconhecia que era a forma mais rápida de chegar ao local, já que parava exatamente na entrada.

Lavou as mãos e escovou os dentes. Agora, só teria de pegar uma camisa e uma calça neutra. Não iria pentear o cabelo, como sempre.

Corri até o ponto, e avistei o ônibus que me levava até a escola onde trabalhava. Apressada, já separei o dinheiro e esbarrei em algumas pessoas, mas consegui chegar. Sentei em um banco, e respirei ofegante.

Vejo a tal funcionária.
# Interessante a garotinha... # - Tirei foto e mandei para meu contatinho obs: meu priminho do coração. Entrei na loja observando os filmes e lendo as informações.

O seu celular tocou. Era o toque daquele cara.
Foi até ele e desbloqueou o aparelho. Respondeu-o, da seguinte maneira:
Vai querer comer ela? Parece tão pura...
É bonitinha, também. Guarde um pedaço para mim~

Obviamente ele compraria um carro apenas para si quando terminasse a auto-escola, mas por enquanto teria de viver nesse tipo de miséria. Chegando lá, saiu da estação.

— Ei! — percebi a foto que ele tirou de mim e sai andando rapidamente atrás dele conforme entrava na locadora. — Por que tirou uma foto minha? — questiono.

Colocou a vestimenta e saiu do hotel com o celular na mão. Provável que ele conseguiria aguentar até o resto do dia com bateria.

- Hm? - Olhei pra ela. - Primeira mente olá, desculpe senhorita deve ter se enganado eu não tirei foto alguma.
Peguei meu celular e respondi meu parça.
Querer eu quero pra caralho, mas vejo que vamos ter que pensar direito.
Ela é do tipo difícil irritadinha, esses são os melhores tipos

Entrou lá e blablablá, só tinha aulas de manhã durante o sábado e por isso voltaria mais cedo para casa. Chegando no local, descobriu que os professores estavam de greve.

Saí do ônibus totalmente desesperada para chegar a tempo. Avistei a escola e fui correndo até a secretária, mas percebi que estava fechada. Estranhei, e tentei entrar pela entrada principal, mas também estava fechada e não havia ninguém na escola. Tentei lembrar os avisos que a diretora havia anunciado semana passada, e lembrei que não teria aula naquele dia. Fiquei parada, tentando processar a informação e ri com a situação.

Saiu andando mesmo, para não deixar muitas suspeitas. Escutou seu celular vibrar e tocar dentro do bolso.
Aí sim~
Boa sorte com a garota
Vou procurar outras coisinhas para me deixar atarefado.
Parou em frente de uma faculdade para respondê-lo.

Vagabundos. Pegou um petisco em uma máquina e saiu do local.

Prensei meus olhos, fazendo uma expressão desconfiada. No fim das contas, ele é um cliente, preciso tentar ser educada.
— Olá — respondo seu cumprimento. — Você não pode fumar aqui dentro — respiro fundo. — Está procurando algo em específico? — tento ver disfarçadamente se ele está armado.

Voltei para casa a pé calmamente. Decidi ir à minha cafeteria preferida e comer alguma coisa já que saí sem comer algo que me desse sustância. Encontrei no caminho uma locadora, entrei para ver se tinha alguma coisa que me interessasse. Vi um moço fumando, e tentei me distanciar.

- Oh, desculpe. - Apaguei o cigarro jogando ele na rua. - Só vim dar uma olhadinha.
Olhava a seção de filmes de ação.
# Puff garotinha irritante, foder ela vai ser um prazer. #

Olhou o drogado cidadão de terno ali. Se aproximou.
— Não tem aula hoje.