Aborto no Brasil |
Naiyme « Sénateur » 1510823340000
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Recentemente o assunto sobre aborto tem sido discutido em todas as mídias, principalmente com o caso da PEC 181/15. Achei legal trazer o assunto, fora que seria boa uma discussão saudável, visto que pode ser tratado em temas de vestibulares a qualquer momento. (Até agora o assunto só foi discutido no tópico de Religiões) Coloquei as referências de argumentos no fim de cada página. Por favor mantenham o respeito no tópico, visto que se trata de um assunto delicado. Sim, todos nós sabemos que >talvez< essa PEC não vá mais adiante segundo as más línguas, porém não podemos descartar possibilidades, além de que é um ótimo tema para introduzir toda a questão do aborto. LEMBRE-SE QUE: A sua opinião sobre isso acaba não importando, porque as mulheres vão abortar independente de você ser contra ou a favor. Aborto não é questão de opinião. Mas que essa opinião, pelo menos, não esteja baseada em desinformação e preconceito. Porque um assunto tão sério não pode ser debatido no nível “é fácil ser a favor do aborto depois que já nasceu”. Ter um pouco de empatia e bom senso, além de não custar nada, mostra que fomos além de um embrião e que evoluímos como pessoa. E só com empatia e bom senso seremos capazes de construir uma sociedade mais humana – e que também reconheça mulheres como tal. PEC 181/15 Nos últimos dias tem estado em discussão no Senado a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 181/15 de extensão da licença-maternidade, desde o início deste ano, e tem sido debatida na Câmara. Apesar da PEC ter sido aprovada pelos senadores e pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara, a proposta passou a ter resistência quando chegou à fase de discussão na comissão especial, última etapa antes da votação em plenário, que aconteceu essa semana. Durante a discussão, mudanças ocorreram e foram sugeridas pelo deputado Jorge Mudalen (DEM-SP), a proposta mudou de extensão de licença maternidade para casos de nascimento prematuro a crime. No entanto, a PEC 181/15, altera a legislação e torna proibido o procedimento formal de aborto quando a gravidez representa risco à vida da gestante, malformação severa do feto ou gestação resultante de estupro. O que é a PEC 181? Câmara dos Deputados a dit : A lei original tratava da extensão da licença-maternidade para o caso de bebês nascidos prematuramente, TODAVIA, os deputados da comissão votaram pela inclusão de uma mudança no artigo da Constituição, enfatizando “a dignidade da pessoa humana desde a sua concepção”. Um adendo desse tipo, que não tem relação direta com o texto da lei que está votada, é conhecido como “Cavalo de Troia”. Assim, os deputados esperam abrir uma brecha legal para condenar mulheres por fazerem aborto mesmo em casos hoje permitidos pelo Código Penal. Como o texto foi alterado? No inicio 3 do artigo 1º da Constituição, que trata dos princípios fundamentais da República, foi inserida a frase: “dignidade da pessoa humana desde a concepção”. No capt. do artigo 5º – o que garante a igualdade de todos perante a lei e a inviolabilidade do direito à vida – acrescentou-se a expressão “a inviolabilidade do direito à vida desde a concepção”. Na hierarquia das leis, a constituição federal está no topo. Por isso, a mudança afeta, necessariamente, a interpretação infraconstitucional. Isso impacta a leitura de todas as leis e portarias que autorizam serviços de abortamento legal. Cavalo de Troia? A ideia inicial da PEC 181/15 estava voltada ao prolongamento da licença maternidade em casos em que uma criança nascesse prematura, meses depois de certas discussões, todo seu propósito acabou sendo voltado para a proibição do aborto até mesmo em casos de gravidez de risco. Aquilo que aparentemente seria uma boa mudança, acabou se tornando o contrário do que esperávamos. E o que isso muda?
A justificativa para a emenda proposta pelo deputado e relator da comissão especial está fundamentada em princípios pessoais, como convicção e fé religiosa. Isso não tem NENHUMA RELAÇÃO com a SAÚDE e vida das mulheres e com seus direitos duramente conquistados. Quando perguntado ao deputado sobre a justificativa da mudança em entrevista à Rede Globo, Mudalen admitiu a manobra: "Essas duas palavras que colocamos é pra garantir a vida e também porque somos contra o aborto". Já pensou se você é ou conhece uma mãe que, infelizmente, tem sério risco de morte com a sua gravidez e, por indicação médica, precisa fazer um aborto? Pois ela não poderá realizar o procedimento, devido à aprovação da PEC 181. Além dos casos de gravidez resultante de estupro, casos com risco para a gestante e gravidez de feto anencéfalo, que morrerá assim que nascer, também passam a ser proibidos. Qualquer possibilidade de interrupção de gravidez, mesmo nos casos em que a lei já autoriza em nosso país, simplesmente não poderão mais acontecer. REFERÊNCIAS: PEC 181/2015 Proposta de Emenda à Constituição | Cronologia da leia Cavalo de Troia | No Brasil, um estupro a cada 11 minutos | 70% das vítimas são crianças e adolescentes: oito dados sobre estupro no Brasil | Art. 128 do Código Penal - Decreto Lei 2848/40 | ‘Aborto inseguro ainda está matando dezenas de milhares de mulheres’, alertam especialistas da ONU | A Lei 9.434/97 e o aborto de fetos anencéfalos | Mulheres vão às ruas em manifestação contra a PEC 'Cavalo de Troia' O caso de Jandira Magdalena dos Santos Cruz revelou a cruel realidade nas clínicas clandestinas de aborto do Rio de Janeiro. No dia 26 de agosto, a auxiliar administrativa desapareceu após realizar o procedimento até agora ilegal. O corpo da jovem foi encontrado mutilado e carbonizado no dia seguinte ao crime. Jandira foi vista pela última vez na rodoviária de Campo Grande, zona oeste do Rio. O ex-marido Leandro Reis levou a mulher até o local, onde a motorista da uma clínica clandestina a buscaria junto com outras grávidas. Ela teria pago pelo aborto R$ 4.500. De acordo com a polícia, Jandira morreu após passar pela cirurgia. O corpo, sem digitais e arcada dentária, foi encontrado carbonizado dentro de um carro um dia após o crime. Elizângela Barbosa, foi morta durante um aborto em Niterói, teve perfurações no útero e no intestino durante o procedimento, de acordo com laudo do Instituto Médico Legal. Os policiais recolheram, medicamentos (alguns de uso veterinário), ataduras, material para desinfecção, além de um computador no local do crime. Elizângela, tinha três filhos. Meses antes de se submeter à cirurgia, ela teria ingerido remédios abortivos, segundo o delegado Adilson Palácio, da DH de Niterói. "Ela tentou realizar o aborto através de medicações, mas não teve sucesso. A gravidez teve progressão e ela quis fazer o procedimento médico", afirmou o delegado. Segundo a necropsia, legistas encontraram um tubo plástico no útero dela. Segundo o marido, ela se encontrou com um homem que a levaria a uma clínica de aborto. Na bolsa, ela levava R$ 2,8 mil para pagar o procedimento. Elizângela estava grávida de cinco meses e não queria a criança. REFERÊNCIAS: Caso Jandira: grávida morta em clínica clandestina de aborto se torna símbolo no Rio | Morta em aborto em Niterói teve intestino e útero perfurados, diz laudo Os direitos reprodutivos das mulheres ainda não avançaram, mas é preciso reconhecer o debate sobre aborto legal sim. É só olhar para como tivemos dois candidatos com coragem de defender a legalização do aborto no Brasil, ainda que não fossem os mais bem colocados nas pesquisas. Virou assunto. Casos como o de Jandira e Elizângela, que morreram ao fazer um aborto em clínicas clandestinas, sempre existiram e ainda acontecem aos montes, mas ganharem visibilidade na mídia é reflexo de uma lenta porém significativa percepção sobre a urgência de legalizar o aborto. Ainda há muita desinformação e terrorismo rondando o tema. Mas à medida que o assunto ganha espaço, os argumentos vazios e mentiras a respeito do aborto vão caindo. E é para ajudar nesse processo que resolvi reunir algumas informações sobre legalização do aborto. PERGUNTAS E RESPOSTAS Em que casos o aborto é legal? No Brasil, o aborto é legal quando a gravidez é decorrente de estupro, quando há risco de morte para a mãe ou se o feto é anencéfalo (não possui cérebro). Muitas mulheres não sabem, mas elas já têm esse direito. No caso de ter sido estuprada, se a vítima quiser abortar não é preciso apresentar boletim de ocorrência. Se o feto for anencéfalo, não é preciso apresentar autorização judicial. Nestas condições, a mulher pode exigir os seus direitos e ser atendida pelo SUS. É simples assim conseguir um aborto nos casos previstos pela lei? A lei determinar que a mulher tem direito ao aborto nesses casos não significa que seja fácil: mesmo amparada pela lei ela encontra dificuldades de ser atendida, sendo não poucas vezes maltratada pelos profissionais de saúde que têm a obrigação, pela legislação, de acolhê-la. O maltrato nos hospitais também é experimentado por mulheres que sofrem aborto espontâneo. Mesmo nesses casos as mulheres são tratadas como criminosas, vistas com desconfiança e suas vidas são colocadas em risco. Por isso a legalização do aborto deve ser mais ampla, além de garantir medidas para que as mulheres sejam atendidas com dignidade, em todos os casos. Mas se legalizar, vai banalizar o aborto. Não sei se você sabe, mas aborto já é crime (exceto nos casos citados acima) e isso não está adiantando para reduzir o número de abortos. As mulheres abortam e isso é um fato. No Brasil, são cerca de 1 milhão de abortos por ano. Uma em cada cinco mulheres já fez ao menos um aborto e a cada dois dias morre uma mulher vítima de aborto ilegal. A lei que criminaliza o aborto não é eficaz para evitar abortos, mas muito eficaz para matar mulheres. No Uruguai, além de nenhuma mulher ter morrido após o aborto ter sido legalizado, 10 em cada mil mulheres realizam um aborto, o que é uma das taxas mais baixas do mundo. A legalização do aborto é eficiente para salvar mulheres e para diminuir o número de abortos. Tem tanta mulher assim abortando? Talvez até mais, já que o aborto é feito na surdina, na clandestinidade, em segredo. Se uma em cada cinco mulheres já fez pelo menos um aborto, a probabilidade de você conhecer uma mulher que já abortou, inclusive na sua família, não é tão pequena assim. Pesquisa feita pela Universidade de Brasília constatou que a maioria das mulheres que abortam no Brasil tem de 25 a 39 anos, é casada, tem filhos e é cristã. Jovens abortam, solteiras abortam, casadas abortam, mães abortam, evangélicas abortam, desempregadas abortam, trabalhadoras abortam, ricas abortam, pobres abortam. Se for prender todas as mulheres que abortam (e sobrevivem), vai faltar cadeia. Mulheres que abortam não são criminosas, assassinas, monstras. São suas amigas, colegas, mães, filhas, primas, tias, namoradas, esposas, professoras, chefes, vizinhas. São cidadãs, são pessoas como você. Por que elas abortam? Pelos mais variados motivos. Porque são muito pobres e não têm condições de arcar com uma gravidez, porque precisam trabalhar e o mercado de trabalho rejeita mulheres grávidas, porque sofrem violência doméstica e não querem expor mais um filho à violência ou porque a gravidez a prenderia em um relacionamento abusivo (e estudos mostram que mulheres que procuram por aborto tem sete vezes mais chances de ter experimentado violência doméstica) e, entre outros motivos, simplesmente porque não querem levar a gravidez adiante. Imagine que são motivos sérios e extremos o suficiente para uma mulher estar disposta a burlar a lei e colocar a própria vida em risco. Com pílula e camisinha, só engravida quem quer. Métodos contraceptivos falham e isso também é fato. Ainda que usados corretamente, quanto mais tempo se passa usando esses métodos, maior é a probabilidade de resultar em uma gravidez indesejada. Se duvida, de uma olhada nesse estudo. Mesmo que em alguns casos a probabilidade seja pequena, ela existe. Há mulheres que também não têm acesso a anticoncepcionais, ou não são ensinadas a usar corretamente, ou se esquecem de tomar a pílula, ou ainda não sabem que antibióticos podem cortar o efeito da pílula. É possível também que se a mulher tiver alguma diarreia ou vômito, a pílula não seja devidamente absorvida pelo organismo e falhe. Há muitos fatores que expõem a mulher à gravidez, ainda que ela esteja fazendo tudo direitinho. Então aborto vai ser usado como método contraceptivo? O aborto não é defendido como método contraceptivo, até porque “contraceptivo” é o que se faz antes de engravidar. Mas ele deve ser garantido porque métodos contraceptivos falham e porque a mulher não vai carregar uma gravidez se ela não quiser, não importa qual seja o motivo. Engravidou, agora aguenta. Crianças não são um castigo. Transar não é crime. Não está previsto no Código Penal. E se gravidez pode ser considerada punição, nosso sistema penitenciário está todo errado; que obriguem então os presos a engravidarem e a terem filhos contra a vontade. Parece absurdo, mas é justamente o que acontece quando mantemos o aborto criminalizado: impomos a mulheres que não cometeram nenhum crime a ficarem presas a uma gravidez e a terem filhos contra a sua vontade (e, caso tentem abortar, são muitas vezes condenadas à morte). A responsabilidade de ter filhos é tão séria que não deve, em nenhuma circunstância, ser imposta. Maternidade deve ser escolha, não obrigação. Mas e os homens? Não têm direito de decidir manter a gravidez? Não. Se a gravidez acontecesse no corpo deles, aí sim. Mas é no corpo da mulher, é a vida da mulher, homem nenhum tem o direito de decidir por ela, impor a ela uma gravidez que ela não quer. Aliás, porque não se pergunta “e os homens” quando o assunto é contracepção? Porque a responsabilidade de evitar a gravidez é só da mulher e ela que arque sozinha com as consequências se algo der errado? O homem não precisa ser responsabilizado pelo “descuido” com relações sexuais e métodos contraceptivos, ainda pode abortar sem o risco de morrer (quando some e deixa a mulher grávida desamparada) e acha tranquilo exigir o poder de decidir sobre o corpo da mulher? Não quer ter o filho, dá pra adoção. É de se espantar que existam pessoas achando que não há crianças abandonadas o suficiente no mundo. Como se orfanatos fossem lugares encantados e mágicos como nos filmes ou na novela Chiquititas. Como se uma criança não passasse anos esperando por uma família para ser adotada. Além disso, vale lembrar que abandonar crianças é crime. Não é mais nobre quem sugere a uma mulher se livrar de uma criança depois que ela nascer. É cruel, por considerar que a mulher é apenas uma incubadora que serve para expelir bebês. É cruel, por considerar que uma criança deve nascer independente das circunstâncias e de condições adequadas para criá-la. Todo esse sofrimento pode ser evitado se for garantido à mulher o direito de abortar de forma segura no início da gravidez, quando ainda não existe uma criança. Sim, porque feto não é bebê. Mas a vida começa na concepção. Apesar de isso não ter nenhum embasamento científico, vamos supor que a vida começa na concepção: ainda assim não é motivo para manter o aborto criminalizado. Vimos que as mulheres abortam (mesmo aquelas cujas crenças são contra o aborto). Com o aborto ilegal, elas recorrem, desesperadas, a métodos arriscados. O aborto ilegal mata uma mulher, uma mãe, uma esposa… e ainda não salva o feto! Então qual é a solução para preservar a vida? Não há coisa mais a favor da vida do que lutar pela legalização do aborto. Se é impossível obrigar uma mulher a continuar com uma gravidez, a verdadeira opção a favor da vida é, pelo menos, evitar que essa mulher morra. Tente ver por essa perspectiva: a legalização do aborto é a opção que salva mais vidas. É de uma incoerência gigantesca acreditar que a vida começa na concepção e não se importar com a vida depois que ela nasce. É como se o feto perdesse todos seus sagrados direitos quando se tornasse uma mulher adulta. Não faz sentido. E os bebês sendo mutilados, sendo arrancados da barriga? O aborto legal e seguro está a um abismo de distância desse filme de terror que querem fazer com que se pareça. Não tem bebê sendo mutilado, não tem bebê agarrando a mão do médico pedindo para não ser abortado. Uma americana resolveu divulgar fotos de seu aborto, feito de forma legal e segura na 6ª semana de gestação: apenas um recipiente com sangue, nem sinal de feto, muito menos um bebê. Outra americana filmou o seu aborto, e no vídeo é possível vê-la bastante tranquila. Ela conta: "Um aborto realizado no primeiro trimestre de uma gravidez leva de três a cinco minutos. É mais seguro que um parto”. Não há nada de assustador em um aborto feito de forma legal. O assustador é que um procedimento que pode ser rápido e seguro possa levar tantas mulheres à morte simplesmente por ser mantido na ilegalidade. Mas são crianças, elas podem sentir? Não, inúmeras pesquisas são feitas para saber o que o bebê sente quando está dentro do útero. Um relatório feito na Grâ-Bretanha, que mostra que fetos até a 24ª semana não sentem dor, poderia ser apenas mais uma delas. Mas não é. E provocou um debate internacional. Ao mostrar que o feto não sente dor, o governo britânico ganha um importante argumento à favor do aborto - os grupos contrários dizem que o procedimento causaria sofrimento no bebê. Com o resultado desse estudo, o mito está desfeito. Pesquisadores da Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, na Grã-Bretanha, que fizeram uma análise de novos estudos sobre o desenvolvimento fetal afirmam que isso ocorre porque o feto não tem maturidade neurológica suficiente para sentir dor. Além disso, eles ficam em estado de sonolência permanente dentro do útero. Legalizar o aborto significa o quê? Significa, em primeiro lugar, o Estado reconhecer que mulheres são pessoas, e não porta-fetos. Significa que caberá somente à mulher decidir se deseja levar adiante uma gravidez e que, caso opte pelo aborto, possa ser atendida com segurança e dignidade nos hospitais, inclusive do SUS, sem receber qualquer tipo de punição. E como ficaria a legislação? Em 56 países (não por acaso os mais desenvolvidos), o aborto é permitido sem nenhuma restrição. No Uruguai, a mulher que não deseja levar a gravidez adiante pode abortar até a 12ª semana, enquanto no caso de ter sido vítima de estupro tem o direito de abortar até a 14ª semana. Na Suécia, esse direito se estende até a 18º semana, enquanto na Noruega é permitido em todos os casos até a 12ª semana e precisa de autorização judicial depois disso; mas, em geral, os países onde o aborto é legalizado permitem que a gravidez seja interrompida no primeiro trimestre. O que importa é que a lei desses países garantiu a autonomia das mulheres e reduziu drasticamente (até zerou) a morte de mulheres por aborto. O Brasil poderia seguir por esse caminho. E quem é contra o aborto, como fica? É contra o aborto? Não faça um. Legalizar o aborto não o tornará obrigatório. Quem acha que é pecado, vai poder continuar achando. A diferença é que quem precisar de um aborto vai poder fazer de forma segura. Onde posso saber mais sobre o aborto legal? Tem muitas outras informações reunidas no site 28 dias pela vida das mulheres e vários links para outros textos sobre o assunto no tumblr #AbortoLegal. Se procura a posição de um especialista, pode saber o que pensa o Dr. Drauzio Varella aqui e aqui. Você também pode ouvir histórias de mulheres clandestinas neste documentário, ou neste. Os outros links que coloquei neste texto são um bom início para se informar sobre o assunto. REFERÊNCIAS: Como fazer um Aborto Legal no Brasil | Maus-tratos e discriminação na assistência ao aborto provocado: a percepção das mulheres em Teresina, Piauí, Brasil | Mulheres que têm direito ao aborto enfrentam dificuldades no Brasil | Estimativa do IBGE sobre o aborto no Brasil | Aborto no Uruguai, a exceção latino-americana | Uruguai: quase 7 mil abortos seguros e nenhuma morte registrada | Pesquisa reacende debate sobre descriminalização do aborto | 72% dos brasileiros acreditam que a responsabilidade pela contracepção e prevenção de DSTs é do casal, mas apenas 31% dos homens previnem-se, revela pesquisa da UNIFESP | Apenas 31% dos homens brasileiros se previnem contra gravidez indesejada e DSTs | Fila de adoção tem 6,5 mil crianças e adolescentes no Brasil | How likely is it that birth control could let you down? | RCOG backs decriminalisation of abortion | Americana publica fotos do próprio aborto pela autonomia da gravidez Dernière modification le 1510909680000 |
Anjutwp « Citoyen » 1510824660000
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isso n é de deus se for em caso de estupro leva pra adoçao sla mas abortar nunca! isso é horrivel n era nem pra ser inventado |
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até quando vão considerar questões religiosas e não abrir os olhos que o aborto é uma questão de saúde pública? vc pode não concordar e não fazer, mas impedir que outras não façam pela sua ideologia é no minimo escroto e egoísta proibir não vai deixar que as mulheres não façam aborto, elas tão fazendo ai e morrendo todos os dias, é melhor você dar condições dignas e sanitárias pra uma mulher do que simplesmente submeter ela a condições mínimas de segurança pra realizar um procedimento |
Fofinhoppp « Consul » 1510827720000
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Anjutwp a dit : |
Naiyme « Sénateur » 1510828620000
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Entrei no youtube e apareceu um vídeo do Você Sabia? sobre meninas grávidas da infância. Mais um motivo pela legalização. Anjutwp a dit : Fofinhoppp a dit : Vocês devem achar super normal então uma menina de 8 anos parindo um filho com chances de morrer. Bem de Deus isso. |
Ajespetor « Censeur » 1510828860000
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Anjutwp a dit : |
Meouwy « Consul » 1510830000000
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olha, eu concordo com o aborto dependendo do caso tipo quando é em caso de estupro, ou quando a mãe corre risco de vida não vale a pena por em risco a vida de uma pessoa, nem ter um filho fruto de um estupro, se a mãe não quiser, sendo que ela pode ficar com o peso daquilo nas costas a vida inteira e as vezes até maltratar o filho ou algo parecido mas agora, vem gente que não liga pra métodos contraceptivos e depois que engravida vem com história de "meu corpo minhas regras" querendo abortar, me poupe fez o filho, agora assume a responsabilidade "ah, mas método contraceptivo falhou" poxa, a partir do momento que tu tem relações sexuais com alguém do sexo oposto, sabe dos riscos, você corre eles se quiser |
Artiih « Censeur » 1510833300000
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o que vocês precisam entender é o que a gecs falou, não importa se vocês concordam ou não o que importa é que tem gente morrendo pelo brasil todo porque o aborto é ilegal e então tentam métodos clandestinos - desde a inserção de objetos pontiagudos no útero pra induzir um aborto até o uso ilegal de misoprostol que, por ser ilegal, sabe deus onde essa pessoa conseguiu tais pílulas. isso além de não ter acesso a enfermeiros/médicos que auxiliem de verdade no processo. não importa a opinião de ninguém porque o aborto acontece sendo ilegal ou não, então a coisa mais humana a se fazer é legalizar e promover uma boa infraestrutura pra quem já tá com a mente formada sobre tal assunto, até porque com a legalização ocorre um processo burocrático muito maior onde a pessoa passa até por entrevistas antes de ter a mente formada de vez, não é como chegar num bar da esquina e comprar uma lata de coca. se a religião é um fator tão importante, olhe pelo lado do amor ao próximo e valorize a vida da mulher que decidiu por fazer isso em vez de atacar sem pensar no que tá falando. btw a vida realmente só começa a partir do começo da formação do sistema nervoso e dos órgãos primitivos e isso é lá pela 8a semana, e a maioria dos abortos ocorrem antes dessa etapa "AI NÃO A VIDA COMEÇA A PARTIR DA UNIÃO DO OVULO COM O ESPERMATOZOIDE" então pilula do dia seguinte pode ser, em muitos casos, abortiva. mas é legal e ninguém reclama. Dernière modification le 1510833420000 |
Jujubitz « Citoyen » 1510833540000
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"Não é de Deus" 1- Nem todo mundo é obrigado a acreditar no seu mesmo deus ou ver o mundo do ponto de vista Dele; 2- O aborto continua acontecendo vocês querendo ou não. A diferença é que a mulher do bispo vai abortar fora do país e quem for pobre vai morrer na mão de açougueiro. E se você acha que tem que morrer mesmo, então seu deus judaico-cristão está muito triste com você; tu não tem o direito de jogar pedra nenhuma, beijos 3- Fazer uma garota de 12 anos que foi estuprada ter que passar por 9 meses de gestação só por causa da SUA religião é cruel. Muito cruel. Eu to cansada dessa palhaçada de "não é coisa de Deus" ditar a vida das outras pessoas, principalmente em casos como este. Quer discutir aborto? Então não vem discutir com religião. Fé não é contra-argumento. Fé não pode tirar o direito de mulher nenhuma estuprada abortar o embrião. |
Ryuuzaki « Consul » 1510833960000
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Jujubitz a dit : 3- Fazer uma garota de 12 anos que foi estuprada ter que passar por 9 meses de gestação só por causa da SUA religião é cruel. Muito cruel. ^ |
Aeonworld « Censeur » 1510834260000
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Sou a favor da abolição do Aborto "A sua opinião sobre isso acaba não importando" Parei de ler ai Dernière modification le 1510834440000 |
Naiyme « Sénateur » 1510834320000
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Existem outros fatores externos sobre o aborto que afeta várias outras pessoas também. Por exemplo o misoprostol/cytotec que o Artiih mencionou, normalmente são exportados (por valores absurdos, chegando a 150 reais um comprimido levando em consideração que o processo precisa de oito comprimidos), e como eles não passam por aviões e etc por serem proibidos aqui no Brasil por livre comércio, além da pessoa pagar a toa por um remédio que talvez nunca vá chegar, esses remédios são transportados por "mulas", e 99% dos casos essas "mulas" são mulheres. |
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Sou a favor Quem é contra não pensa nas mãe que trabalha e estuda, por causa de uma gravidez acidental tem que depender de bolsa família? Porque as vezes o pai só da pensão tem mulheres até que não tem esse luxo. |
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A pobreza pode diminuir ser o aborto for liberado. E ninguém vai obrigar as mãe a abortar né gente vai nas clínicas quem quer. E outra as clínicas devem ser privada plmd |
U92nebula « Citoyen » 1510836240000
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Artiih a dit : ta resolvido n importa a opinião de ngm qm decide legalizar ou nao sao os nossos governantes q n tao nem ai e sao burros pra krai a maioria da populaçao é contra e os caras jogam com isso qr legaizar o aborto? destrua a familia nuclear |
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Se homem engravidasse, o aborto seria legalizado faz tempo. |
Dthero « Censeur » 1510836600000
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Berrycream a dit : qual é o sentido disso? |
U92nebula « Citoyen » 1510836600000
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o argumento "continua acontecendo", mesmo q eu entenda a funçao pragmatica dele, é horrivel é a msm coisa q legaizar arma pq todo mundo arranja jeito de comprar qm considera X um crime nao se importa com as consequencias de X para o agente que pratica, se importa com a probiçao de X e a internalização da lei |
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Acho legal até tocar num ponto mais fundo do assunto. Todo mundo que é "pró-vida", basicamente, só é "pró-feto", porque depois que a criança cresce sem educação e vira marginal, quer matar. Pode ser por ser menor idade, se foi fruto de estupro, colocava riscos para a saúde da mãe/próprio bebê ou simplesmente porque a mãe não tinha condições de criar uma criança; tudo colabora para uma criança sem educação e sustentabilidade necessária. Então o que acontece? Ela apela pro crime. Quando vira criminoso, o cara que te quis nascendo 17 anos atrás te quer morto ou numa prisão pegando doenças. É aquilo: o aborto vai continuar acontecendo, independente da abolição ou não. A diferença é que se permitido, menos gente vai morrer na mão de clínicas clandestinas. Vocês não são pró-vida? É mais importante a vida de alguém já formado psicologicamente, com seus problemas e depressões, ou a de algo que sequer tem consciência? |